Um levantamento recente revela que a relação entre dinheiro e saúde mental é mais profunda do que muitos imaginam. 70% dos brasileiros já perderam o sono por causa de dívidas, segundo pesquisa realizada por uma empresa de negociação de dívidas em parceria com a plataforma Opinion Box, que ouviu 1.240 pessoas entre 8 e 19 de agosto, com margem de erro de 2,8 pontos percentuais.
A pesquisa mostra que, mesmo com 95% dos brasileiros reconhecendo a importância da saúde mental, o estigma em torno das dificuldades financeiras ainda persiste: 65% afirmam se esforçar para esconder problemas de dinheiro. Para quase um quinto da população, a saúde emocional é ainda mais essencial do que o bem-estar físico.
Principais impactos no dia a dia
Entre os efeitos mais relatados pelo aperto financeiro estão:
- Humor e estabilidade emocional prejudicados: 48%
- Queda na autoestima: 44%
- Diminuição de energia e disposição: 32%
- Dificuldades de concentração no trabalho ou nos estudos: 30%
Além disso, ansiedade é o problema mais comum, afetando 49% dos entrevistados. A insônia também é frequente, relatada por 32% dos brasileiros, e 1 a cada 10 diz ter desenvolvido transtornos alimentares devido ao desgaste emocional provocado pelas dívidas.
Um alerta para saúde mental e sociedade
Os dados reforçam a necessidade de olhar para as finanças não apenas como números, mas como um fator que impacta diretamente a saúde mental da população. Especialistas defendem que o diálogo sobre dinheiro e bem-estar emocional precisa ser aberto, e que estratégias de educação financeira podem ajudar a reduzir o estresse e melhorar a qualidade de vida.
O levantamento mostra que, para muitos brasileiros, o aperto financeiro não é apenas uma questão econômica, mas uma questão de saúde pública, que afeta humor, autoestima e até hábitos alimentares. Reconhecer os sinais e buscar apoio emocional e financeiro pode ser o primeiro passo para quebrar o ciclo de ansiedade e insônia ligado às dívidas.