Cotidiano

Pescadores do Baixo Rio Branco recebem barcos e kits de pesca

Os kits de pesca são compostos por motor de rabeta, caixa térmica e rede de pesca

Os pescadores do Baixo Rio Branco, na Vila Santa Maria do Boiaçu, região de Rorainópolis, receberão a entrega de 67 barcos, 167 kits completos de pesca, 1.600 mudas de açaí e 100 pés de acerola neste sábado, 18, por meio da Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação (Seadi).

Os kits de pesca são compostos por motor de rabeta, caixa térmica e rede de pesca. O titular da Seadi, Márcio Grangeiro, afirmou que os barcos e kits entregues vão beneficiar as famílias ribeirinhas, assegurando mais eficácia aos serviços, renda e sustentabilidade. 

“A conquista destes equipamentos também dá mais autonomia ao povo de Santa Maria do Boiaçu que lida com a pesca de matrinxã e pacu na região. Nesse intuito, a população local se beneficia com segurança, conforto e dignidade nos serviços”, reforçou.

POPULAÇÃO RIBEIRINHA

As populações que habitam o Baixo Rio Branco são familiares ribeirinhos que vivem basicamente do extrativismo vegetal e da pesca artesanal, sendo alguns também agricultores familiares.

Como a base alimentar da população é composta também pela coleta da floresta, mudas frutíferas nativas e não nativas estão sendo levadas para auxiliar a base alimentar na região. Outro benefício importante na localidade será o beneficiamento da farinha.

A olericultura (ramo da horticultura que abrange plantas hortaliças) é outro estímulo do Governo de Roraima no Baixo Rio Branco, onde os povos locais poderão cultivar pimenta de cheiro, tomate, alho, pimentão, entre outros produtos, aprendendo a lidar com canteiros e hortas.

PESCA NA AGRICULTURA FAMILIAR

A pesca é uma importante atividade econômica na agricultura familiar, esperançosa para a geração de renda e o abastecimento alimentar das comunidades rurais. A pesca artesanal, praticada em pequena escala, é uma das principais formas de pesca na agricultura familiar, sendo realizada em rios, lagos, açudes e barragens.

Na pesca artesanal, os pescadores utilizam técnicas simples e tradicionais, como redes de pesca, anzóis, tarrafas e armadilhas. Além disso, muitos pescadores complementam a renda com a venda de pescado fresco ou processado, como filés, defumados e conservas.


Investimento em equipamentos e tecnologias podem melhorar a produtividade e a qualidade do pescado, diz coordenador (Foto: Divulgação)

A pesca na agricultura familiar também contribui para a preservação do meio ambiente, uma vez que os pescadores têm um conhecimento profundo dos ecossistemas aquáticos e utilizam práticas de pesca sustentáveis, respeitando os períodos de defesa e as espécies em risco de extinção.

Como em muitas regiões da Amazônia Legal, os pescadores artesanais e familiares muitas vezes enfrentam desafios como a escassez de recursos hídricos, o abastecimento dos rios e a concorrência com a pesca industrial. Por isso, conforme explica o coordenador de aquicultura e pesca da Seadi, Wolney Costa, é necessário investir em políticas públicas de apoio ao setor para acesso a financiamentos, equipamentos e tecnologias que poderiam melhorar a produtividade e a qualidade do pescado.

“É fundamental o trabalho do Estado em desenvolver políticas de incentivo à pesca artesanal na agricultura familiar, promover a organização dos pescadores em cooperativas e associações e garantir o acesso aos mercados e apoiar a recepção do pescado. Dessa forma, será possível fortalecer a atividade pesqueira e garantir a sustentabilidade ambiental e econômica das comunidades rurais”, disse.