Discutir assuntos que garantam o desenvolvimento sustentável de Roraima correlacionados ao restante do País, é o objetivo da 19ª Reunião do Conselho Regional de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria (Coema), realizado nesta sexta-feira, 23, no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Roraima (Fier). O evento reuniu, pela segunda vez no Estado, representantes de associações setoriais e de federações estaduais das indústrias das regiões Centro-Oeste e Norte.
Na programação deste ano foram abordados temas específicos como: o papel da energia no desenvolvimento da Amazônia legal, implementação do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) na região Centro-Oeste, crise energética, recursos hídricos, estímulo ao uso eficiente dos recursos naturais, entre outros.
Para o presidente da Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (FEMARH), Rogério Campos, Roraima tem algumas particularidades ambientais em relação ao restante do País. “A importância deste evento está voltada principalmente para o setor produtivo que precisa do ZEE e da segurança energética no Estado para poder crescer. A falta destes mecanismos cria uma expectativa ruim para o Estado, por isso estamos trabalhando para criar mecanismos, como políticas públicas, e determinar ações efetivas para a completa instalação destes fatores que são tão importantes”, disse.
Segundo ele, o Coema trouxe a possibilidade de reunir todos os setores da sociedade para debater um objetivo em comum. “Temos a sociedade, o poder público e o setor privado discutindo algo em comum, que é melhorar as condições de trabalho pra todos fazendo com que a própria população saia beneficiada com o fortalecimento do setor produtivo”, ressaltou Campos.
Ele explicou que, apesar de não ser o único do País que ainda não tem o ZEE pronto, o Estado está adiantado na implantação do zoneamento quando comparado com grandes centros do Sul do País, por exemplo. “Acreditamos que até o final de dezembro o ZEE de Roraima já estará aprovado pela Assembleia Legislativa”, frisou.
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Conforme o especialista em Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mauro Cardoso, o Coema foi criado não somente para tratar da questão ambiental. “Tratar da sustentabilidade e não somente do meio ambiente, mas a questão ambiental, social e econômica e a interface entre esses três pontos”, afirmou.
“A finalidade do nosso Coema é justamente fazer essa troca de informações entre a ponta, entre os estados e o poder central em Brasília. A gente traz as discussões do que está acontecendo em Brasília e ao mesmo tempo colhe percepções e os problemas da região. É boa essa troca de experiências entre representantes das indústrias que têm problemas semelhantes, por que às vezes a abordagem é diferente. É interessante colocar isso na mesa e buscar uma melhoria do processo como um todo”, frisou.
COEMA – Criado no âmbito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Coema tem a missão de debater os temas relacionados às questões ambientais como licenciamento, biodiversidade, florestas, recursos hídricos, clima, energia, produção e consumo sustentável, resíduos, entre outros.
Entre suas atribuições estão acompanhar as legislações e tendências, avaliar políticas públicas, estimular o uso eficiente dos recursos naturais, promover a inserção da sustentabilidade nas estratégias de negócios visando o aumento da competitividade das indústrias. (JL)
