A exibição de produtos em calçadas nos comércios da Avenida Ataíde Teive, na zona oeste, vem atrapalhando o fluxo de pedestres nas calçadas e provocando reclamações de populares e consumidores. O pedestre John Kelly, que passa pela avenida quase todos os dias, disse que o movimento é grande de pessoas depois do almoço e ao fim da tarde. Segundo ele, com os produtos exibidos nas calçadas, alguns tropeçam ou são obrigados a andar pela rua, além de impossibilitar a passagem de deficientes visuais e físicos.
O vendedor de uma loja, Samuel Alves, afirmou que é importante pensar no fluxo do consumidor ao criar um ambiente que seja convidativo. Apontou que a situação fica ainda pior em dias de chuva, devido à formação de poças em algumas partes das calçadas, estreitando ainda mais o espaço para andar. Afirmou que tais inconveniências sempre foram comuns na avenida, a ponto de a população já estar acostumada e não reclamar mais.
Gerente de uma das lojas apontadas, Manuel Aguiar, afirmou que a visibilidade é uma das principais justificativas para os vendedores deixarem seus produtos fora das lojas. “Muitas vezes, quem está passando de carro não consegue ver que tipo de loja é essa, sem os produtos estarem sendo mostrados lá fora”, disse ao destacar que muitas vezes as lojas não possuem espaço onde possam deixar as mercadorias expostas, obrigando comerciantes a apelarem para as calçadas.
PREFEITURA – O chefe de fiscalização da Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Emhur), Célio Lourenço, afirmou que está trabalhando a questão no centro comercial da Ataíde Teive. “A exposição de produtos é cultural no comércio de Boa Vista. Por isso, estamos realizando um trabalho que seja não apenas avaliativo, mas também orientativo. Queremos ajudar os comerciantes a pensarem em outras alternativas para a exposição de produtos, sem prejudicar quem trafega pela avenida”, afirmou. (P.B).