Cotidiano

Passagens aéreas sofrem reajuste de preço

Agências de viagens dizem que compra antecipada influencia o valor e o consumidor pode economizar

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Quem pretende planejar as férias para os meses de dezembro e janeiro já tem que se programar antecipadamente para o novo reajuste no preço das passagens aéreas. Nesta primeira quinzena de setembro houve aumento de 3,39% para 4,20%. Contudo, agências de viagens de Boa Vista dizem que ainda é possível encontrar preços mais acessíveis para outubro e novembro.

O reajuste que ocorreu em todas as companhias aéreas se aplica em vôos nacionais e internacionais. Segundo o agente de viagens Pablo Manfredini, hoje o novo ajuste está ocorrendo em alta temporada, que corresponde aos meses de dezembro e janeiro. “Para outubro e novembro você ainda consegue datas com preços mais acessíveis”, disse.

Manfredini explicou que atualmente é possível comprar o trecho Boa Vista/ São Luiz (MA) por uma média de R$ 380,00 a R$ 400,00. Já no período de dezembro, próximo das festas de final de ano, e em janeiro, período de férias, esse valor pode subir 50% ou mais, indo para R$ 850,00 a R$ 900,00, dependendo das datas e locais turísticos escolhidos.

Apesar disso, o agente ressaltou que já há uma grande parcela da população procurando passagens nacionais para o final do ano, mas que tem gente que escolhe comprar para novembro, por ainda ter preços mais baixos. “Na verdade, as pessoas querem preço, tem gente que tá deixando de viajar porque está muito caro e adiando para fevereiro ou março”, relatou.

Na agência em que trabalha, o agente disse que os destinos nacionais mais procurados têm sido São Luiz (MA) e Belém (PA), e que também há uma procura pelo Caribe. Com o equilíbrio do dólar, o agente disse que houve um aumento na demanda, contudo, as agências vendem mais trechos nacionais a internacionais. “Tem a procura, mas geralmente o público para esses voos procuram empresas que já tenham pacotes, vale mais”, pontuou.

O agente aconselhou comprar passagens com pelo menos três meses de antecedência e, se possível, deixar o telefone de contato para que a agência possa ficar verificando o pedido e poder avisar quando encontrar ou se tiver alguma promoção. De acordo com Manfredini, procurando com três meses antes, são encontrados datas e valores de 50% a 70% mais baratos do que deixar para cima da hora ou 15 dias antes, por exemplo.

Para a estudante Isadora Ximenes, a procura por passagens aéreas mais baratas já é a melhor opção. “Procuro passagens fora do horário comercial, por exemplo, pela madrugada”, disse. A estudante ressaltou que a terça-feira costuma ser o melhor dia para encontrar preços menores.

Em setembro de 2015, Isadora comprou o trecho Boa Vista – Rio de Janeiro por R$ 240,00. Em maio deste ano, a passagem de ida e volta marcada para agosto em direção à capital carioca custou R$ 560,00. (A.G.G)

Materiais de construção também estão mais caros

O aumento de materiais de construção tem prejudicado a venda em lojas da Capital. A Folha foi às lojas na zona Sul e no Centro para verificar como o reajuste tem comprometido as vendas no comércio e descobrir a que se deve o acréscimo nos preços. Segundo o gerente de vendas Weverson Moreira, além dos materiais de alicerce, até os itens básicos do setor elétrico e hidráulico, principalmente cabos e tubos, sofreram um aumento de agosto para cá. “Infelizmente, as fábricas estão aumentando o custo dos produtos e o frete do transporte”, relatou.  

Um saco de areia carrada com 6m³ está sendo vendido em uma média de R$ 120,00 e o de barro com 6m³ à R$ 140,00. De acordo com o gerente, as fábricas explicaram que os reajustes são influenciados pela importação de grande parte da matéria prima utilizada e pela alta do dólar. “O problema é que quando o dólar cai os preços continuam os mesmo, estáveis”, ressaltou.

Com o acréscimo de quase 10% que as fábricas deram nos itens, as vendas que já estão difíceis estão sendo mais prejudicadas, conforme relato de Moreira. Para ele o consumidor não tem outra saída a não ser adiar a reforma ou construção, ou até se adequar ao preço disponível. Moreira pontuou ainda que apesar do aumento percentual, a loja em que trabalha repassa o produto com um reajuste de 4% a 5%. “Estamos sendo obrigados a aumentar de novo o material que tá chegando agora. Não repassamos 100% para evitar que os preços fiquem inconsumíveis. Infelizmente não podemos ficar sem repassar nada”, explicou.

O supervisor de venda, Thiago Moreira, reforçou o aumento principalmente no cimento e argamassa. Segundo ele, o reajuste das fábricas foi explicado pelo frete, que foi afetado pelo preço da gasolina brasileira, e pela mão-de-obra. Thiago ressaltou ainda que a única área que não foi totalmente atingida foi a das lâmpadas. “Teve redução por conta da tecnologia em LED”, frisou.

REFORMA ADIADA – A funcionária pública Soraia Lima foi uma dentre os diversos consumidores que já foram atingidos pelo aumento de preços. A reforma tão esperada da casa própria teve que ser adiada em razão do orçamento final que recebeu. Segundo a funcionária, a opção decidida com o marido foi de esperar os preços abaixarem um pouco. “A gente recebeu um dinheiro extra e já foi direto verificar se poderíamos fazer, mas ainda não vai ser dessa vez, dá pra esperar mais um pouco e torcer para que o preço baixe”, disse. (A.G.G)

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