
A paralisação dos auditores-fiscais da Receita Federal em Roraima, iniciada nesta segunda-feira (12), reduz significativamente as atividades nas fronteiras internacionais de Pacaraima e Bonfim. A suspensão das atividades se estenderá até sexta-feira (16), impactando diretamente os serviços de desembaraço de mercadorias e o atendimento ao público.
Durante o período, apenas 30% do efetivo será mantido para garantir a liberação de cargas perecíveis, perigosas, medicamentos, animais vivos e o cumprimento de decisões judiciais, conforme determina a legislação.
A medida é um reflexo do protesto contra a redução do bônus de produtividade da categoria, anunciada pelo governo federal, e a falta de avanços nas negociações sobre as reivindicações feitas pelos auditores desde o início da greve, em novembro de 2024. Em nota divulgada nesta segunda-feira (12), o Sindicato dos Auditores-Fiscais de Roraima reforçou que a paralisação é uma tentativa de pressionar o governo por uma solução para os problemas enfrentados pela categoria.
“Fazemos um apelo à sociedade para que compreenda os transtornos causados, mas não há outra alternativa diante da inação do governo e de medidas que prejudicam a categoria. A única forma de alcançar nossas reivindicações é intensificando o movimento”, afirmou o Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional).
Paralisação pelo Brasil
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Conforme o Sindicato, a greve dos auditores-fiscais da Receita Federal alcançou 167 dias de duração e vem crescendo nas áreas estratégicas da instituição, com participação de servidores das unidades centrais e de delegados. Esta é a segunda vez na história do órgão que os servidores decidiram marcar greve oficialmente na folha de frequência.
A mobilização nacional também conta com o engajamento de auditores que atuam diretamente na Subsecretaria de Administração Aduaneira, na Fiscalização, Tributação, Cadastro, Arrecadação, Atendimento e no Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros. Ao todo, 94 servidores assinaram um manifesto afirmando que não restou “outro caminho a não ser o de fazer greve na semana de 12 a 16 de maio de 2025”.
O endurecimento do movimento ocorre em meio à expectativa de uma nova rodada de negociação entre os auditores e o Ministério da Gestão e da Inovação, marcada para esta quarta-feira (14).