
O Brasil contabilizou 1,50 milhão de óbitos em 2024, número 4,6% superior ao registrado no ano anterior, segundo dados compilados até o primeiro trimestre de 2025. O envelhecimento da população continua sendo um fator determinante nas estatísticas: pessoas com 60 anos ou mais responderam por 71,7% das mortes, totalizando 1,07 milhão de óbitos — um aumento de 5,6% (57.133 casos) em relação a 2023.
A análise pela natureza das mortes mostra que 90,9% foram decorrentes de causas naturais, enquanto 6,9% ocorreram por causas externas — homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos e quedas acidentais, entre outros. Em 2,2% dos registros não foi possível identificar a natureza da causa.
As mortes por causas não naturais seguem atingindo majoritariamente os homens. Em 2024, foram 85.244 óbitos masculinos desse tipo, número 4,7 vezes maior que o registrado entre mulheres (18.043). A desigualdade é ainda mais evidente entre adolescentes e jovens de 15 a 29 anos: foram 27.575 mortes masculinas por causas externas, 7,7 vezes mais que as femininas (3.563).
O aumento no número de óbitos atingiu todas as grandes regiões do país e 26 das 27 unidades da federação. As maiores elevações ocorreram no Sul (7,4%) e no Centro-Oeste (6,2%). Em seguida aparecem Sudeste (4,0%), Nordeste (3,8%) e Norte (3,2%). Entre os estados, os destaques foram Distrito Federal (11,6%), Rio Grande do Sul (7,6%), Santa Catarina e Goiás (ambos com 7,5%) e Paraná (7,0%). Roraima foi a única unidade da federação a registrar queda, com redução de 5,7% nos óbitos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em relação ao sexo da população, foram registrados 815.608 óbitos masculinos e 678.372 femininos em 2024. As mortes de homens cresceram 4,2% frente ao ano anterior, enquanto entre mulheres o aumento foi de 5,0%. Com isso, a razão de óbitos entre os sexos apresentou leve redução, passando de 121,2 para 120,2 óbitos masculinos a cada 100 femininos.