Cotidiano

Pacientes reclamam de falta de medicamento na farmácia do Governo

Pacientes renais crônicos e hepáticos podem ter piora no quadro clínico por falta  de medicação

Pacientes renais crônicos e hepáticos estão tendo que lidar com outro problema além do medo de ser infectado com coronavírus. De acordo com o presidente da Associação dos Transplantados de Roraima, Silvio Teixeira, os medicamentos Tacrolimo de 1mg e Micofenolato de sódio de 360mg estão em falta há mais de 30 dias.

“Não tem remédio e não tem informação sobre quando esse medicamento irá chegar. Os pacientes precisam tomar a medicação todos os dias e não podem ficar sem. Além disso, vem sendo distribuídas apenas 30 senhas por dia para pacientes. Vai ocorrer das pessoas ao chegarem ao local, terem que voltar sem a medicação, fazendo com que elas sejam obrigadas a sair mais vezes e estarem expostas a contaminação do coronavírus” explicou.

Tacrolimo é indicado para tratamento da rejeição de órgãos em pacientes submetidos à transplantes de fígado, rins e coração e precisa ser utilizado diariamente. O micofenolato de sódio é usado para prevenir a rejeição ao transplante renal. É usado juntamente com outros medicamentos contendo ciclosporina e corticoides.

OUTRO LADO – A Sesau (Secretaria de Saúde) esclarece que aguarda o encaminhamento do Tacrolimo e do Micofenolato de Sódio pelo Ministério da Saúde e que órgão ministerial ainda não deu um prazo definitivo para a chegada desses

medicamentos no Estado.

Acrescenta que a CGAF (Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica) fará contato com todos os pacientes cadastrados assim que for confirmado o

encaminhamento desses medicamentos.

A Secretaria ressalta que por conta do decreto que instituiu a suspensão temporária em serviços em órgãos da esfera estadual por conta da pandemia do

novo coronavírus, a unidade também teve que ajustar a sua capacidade de atendimento aos pacientes cadastrados.

Serão distribuídas 40 senhas, sendo 20 pela manhã e 20 à tarde. Novos cadastros serão executados pela equipe da farmácia da CGAF aos finais dos atendimentos desses horários.

A unidade destaca que a medida visa garantir a segurança de saúde dos usuários especializados, pois são considerados grupos de risco e mais vulneráveis a

contrair o COVID-19.