A Operação Matrinxã, desencadeada pela Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cipa) da Polícia Militar de Roraima (PMRR), apreendeu, na quarta-feira, 06, quatro armas de fogo do tipo espingardas, além de muita munição de calibre variado, próprio para uso em armas de calibre 12, 16 e 20, todas sem o registro ou a documentação de porte obrigatório, além de tartarugas.
De acordo com o tenente Jefferson, a operação ficou concentrada em uma área muito perigosa, no sul do Estado, onde inclusive um policial já foi alvejado no ano de 2015, e onde um servidor do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) foi morto.
A ação ocorreu em todos os rios de Roraima e envolveu o Ibama, a Polícia Militar e o Exército. Durante a operação, foram destruídas pelo Ibama 24 redes de pesca ilegais e 53 tartarugas resgatadas. A Operação Matrinxã foi deflagrada para impedir a venda ilegal e permitir a subida das tartarugas para o período de reprodução, popularmente conhecido como desova.
Além de coibir a caça aos quelônios na foz do Rio Branco, a pesca predatória e a caça aos animais, através da fiscalização e do Policiamento ostensivo. Segundo o tenente Jefferson, que comandou o efetivo da Cipa durante a operação, a ação é uma continuidade da Operação Águas Seguras da PMRR, que vai se estender até fevereiro de 2018.
Ele explicou que a Cipa teve nessa operação a incumbência de realizar o policiamento fluvial ostensivo nas águas do Rio Branco bem como a prevenção de ilícitos penais, já que o Ibama e o Exército não exercem o poder de Polícia nessas áreas.
O Tenente ressaltou que qualquer morador do interior pode adquirir legalmente uma arma de fogo para a caça de subsistência, desde que não tenha antecedentes criminais, seja maior de 25 anos e comprove residência em área rural. Para isso, deve procurar a Superintendência da Polícia Federal para fazer a aquisição de forma idônea.
“Muitos ribeirinhos são enganados por pessoas oportunistas que vendem armas ilegais para eles com a promessa de que poderão legalizar essa arma mais tarde, fato esse que é impossível pela legislação atual, muita das vezes pagando mais caro por uma arma ilegal do que se comprassem uma arma legalizada, essas pessoas muitas vezes não têm informações que podem comprar uma arma legalmente para sua subsistência, por isso fizemos algumas orientações nas comunidades”, concluiu o tenente.
Os animais seriam levados para o Estado do Amazonas, para comercialização. A Operação durou 15 dias. (J.B)