Moradores do Uiramutã reclamam dos serviços de recuperação parados na RR-171, a principal rodovia da região que dá acesso às BRs 433 e 174, ao Norte de Roraima. Há duas semanas, as máquinas estão estacionadas na frente da comunidade indígena Caxirimã, a seis quilômetros da sede do município.
A Secretaria de Infraestrutura (Seinf), do governo do Estado, é responsável pela recuperação da rodovia. A obra começou em fevereiro deste ano, mas foi interrompida em meados de julho por causa das fortes chuvas.
Contudo, as chuvas cessaram, mas os serviços não reiniciaram e isso está causando prejuízos a motoristas e moradores por causa das péssimas condições da rodovia, principalmente no trecho entre a ponte do Caxirimã até a entrada da comunidade indígena Tabatinga.
“Está difícil trafegar por este trecho. Tem muito buraco, subidas e descidas com valas e pedras soltas. O risco é grande”, alertou um motorista, morador da sede, que preferiu não se identificar.
A Seinf, responsável pela manutenção das vias estaduais, informou por meio de nota que as operações de manutenção de pontes e estradas na região do Uiramutã estão temporariamente suspensas em razão das fortes chuvas.
Segundo a secretaria, duas empresas foram contratadas pelo governo do Estado para a execução dos serviços de recuperação da 171. Elas permanecem na região com o maquinário necessário, aguardando o tempo melhorar para retomar os trabalhos.
A empresária Paula Araújo, responsável por uma das empresas que faz a manutenção da RR-171, informou que o trecho entre a comunidade Placas até a entrada da Água Fria já foi recuperado. “Agora estamos fazendo da sede do Uiramutã até a outra parte que já foi feita, mas devido às fortes chuvas não conseguimos trabalhar, por isso paramos por 15 dias”, explicou.
Dependo do tempo, segundo a empresária, as obras reiniciarão a partir da próxima segunda-feira, dia 11. “A ordem do governador é fazer todas as vicinais principais e rodovias estaduais. Só estamos esperando o tempo melhorar para reiniciarmos as obras na rodovia 171”, avisou.
Ponte pela metade – Outra reclamação. Moradores da comunidade indígena do Ticoça, a aproximadamente 34 quilômetros da sede do Uiramutã, denunciam o abandono da obra de reconstrução da ponte de madeira sobre o igarapé Manga Braba. A empresa responsável, segundo os denunciantes, começou a obra, mas há dois meses o serviço parou.
“Temos dificuldades em atravessar o igarapé com a cheia do rio. O dono da obra disse que, como não recebeu do governo, não tem previsão para retomar os serviços. A ponte ficou pela metade, infelizmente”, lamentou um morador do Ticoça.
Sem retorno – A reportagem tentou contato com a empresa responsável pela obra, mas não obteve retorno.