A BR-174, principal ligação entre Boa Vista e Pacaraima, deve passar por ampla recuperação ainda este ano. O superintendente do DNIT em Roraima, Igo Brasil, anunciou que o órgão está concluindo o processo de licitação de um projeto orçado em R$ 80 milhões para restaurar todo o trecho entre Pedra Pintada e a fronteira com a Venezuela. A promessa é de que a obra tenha início até o final de 2025.
“Nosso objetivo é entregar essa manutenção para a população de Pacaraima até o fim do ano. Vamos resolver os pontos críticos da estrada, incluindo Boca da Mata e a erosão que ocorre já na chegada a Pacaraima”, garantiu o superintendente. O investimento será distribuído em dois anos: R$ 40 milhões em 2025 e outros R$ 40 milhões em 2026.
As declarações foram dadas durante entrevista ao programa Agenda da Semana, apresentado pelo jornalista Getúlio Cruz. Igo Brasil apresentou um panorama dos desafios enfrentados pelo DNIT nas estradas federais de Roraima, com destaque para o impacto da falta de brita e do excesso de peso de caminhões.
A escassez de brita, causada pela sobrecarga no único britador disponível no estado, comprometeu a janela de verão — período crucial para obras viárias. “A peça quebrou, teve que vir da Alemanha. A brita zero e o pó de brita são insumos fundamentais. Com isso, perdemos produtividade nos dois lotes em execução na BR-210”, explicou.
Outro ponto abordado foi a BR-432, que tem ganhado protagonismo como alternativa à BR-174. A via está 100% asfaltada, mas ainda possui 16 pontes de madeira. Um projeto de substituição por pontes de concreto está em elaboração, com entrega prevista para junho de 2026. “Até lá, vamos continuar com manutenção. As placas de limite de peso estão instaladas, mas o excesso de carga continua sendo um problema grave”, disse.
Sobre a BR-401, o superintendente informou que o DNIT aguarda a finalização do projeto executivo para iniciar a licitação da obra de pavimentação. A previsão é que a primeira etapa da obra seja viabilizada com R$ 120 milhões em emendas prometidas por parlamentares. “Dá para asfaltar metade dos 80 quilômetros previstos. É uma obra que vai durar pelo menos dois anos”, afirmou.
Igo também anunciou a instalação de uma balança fixa no Jundiá ainda este ano, para coibir o tráfego de caminhões com carga acima do permitido. “O caminhão vai ser pesado automaticamente. Se estiver com excesso, vai parar em um posto a 500 metros, onde agentes do DNIT farão a fiscalização e exigirão o transbordo da carga”, explicou.
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Ao comparar a situação atual com a do ano anterior, o superintendente apontou avanços. “Melhoramos em 30% a condição das rodovias em relação a 2023. Na BR-210, mesmo sem a obra finalizada, já temos 60% de melhoria”, afirmou.