Conforme divulgado pelo Ministério do Turismo, o número de turistas em Roraima durante o Carnaval mais que dobrou em relação ao ano anterior. Enquanto o fluxo chegou a 17,5 mil em 2016, o número subiu para 35,5 este ano. Para o diretor do Departamento de Turismo (Detur), Ricardo Peixoto, o aumento foi atribuído ao trabalho de gerenciamento feito nos polos principais: Serra do Tepequém, localizada no Município de Amajari, região Norte do Estado, e Caracaraí, Centro-Sul de Roraima. No Tepequém, o ordenamento turístico começou com o controle de fluxo.
Peixoto explicou que foi criada uma barreira de sensibilização após o igarapé do Paiva, que permitiu avaliar o perfil de cada turista. Com o feito, foi possível estabelecer o equilíbrio da receita e despesa no local, tanto que as pessoas que ficaram geraram receita à vila. “Quem vai ao Tepequém quer paz e tranquilidade, não permitimos então a subida de paredões ou turmas que têm o intuito de fazer barulho”, disse.
De acordo com o diretor, a Vila do Tepequém recebeu o fluxo de seis mil visitantes. Destes, 42% eram manauaras. O número de pessoas permitiu que todas as pousadas da região fossem ocupadas, que os restaurantes recebessem uma demanda maior de clientes e a formação e emprego de 25 guias turísticos, totalizando 45 profissionais organizados com uniformes e tabelas de preços. Uma das poucas reclamações recebidas foi relacionada à demora no atendimento e diversidade dos cardápios.
O município de Caracaraí recebeu o fluxo tanto da população de Boa Vista quanto de Manaus (AM), que representou quase 20% das mais de 50 mil pessoas que estiveram presentes ao Carnaval. Peixoto relatou que, de maneira geral, também houve fluxo de 23% de pessoas de outros estados e que estavam em Roraima ou no Amazonas. “Conseguimos ordenar um Carnaval disponibilizando segurança, informação às pessoas que queriam estar lá e saber onde encontrar as coisas. Foi um carnaval tranquilo em ambos os locais”, declarou. (A.G.G)
Saída econômica do Brasil para a crise é o turismo, diz diretor do Detur
Com o aumento no fluxo turístico, a economia do Estado também sai ganhando. Na Vila do Tepequém, no Município de Amajari, Norte de Roraima, mais de R$ 45 mil entraram na economia apenas em razão dos 45 guias turísticos. Para o diretor do Departamento de Turismo (Detur), Ricardo Peixoto, os recursos são chamados de dinheiro novo, por se tratar de um recurso que foi destinado a uma localidade que não a receberia. “Diferente do que ocorre em Boa vista, onde eu pego meu salário e gasto em blocos locais formados”, frisou.
Segundo o diretor, as pessoas que vêm de fora tendem a consumir os bens de serviço no local onde estão, o que reflete na economia do Estado automaticamente. “Se você visitar um dos locais os comerciantes vão estar satisfeitos. A saída econômica do Brasil para a crise se chama turismo, não há despesa para fazer, age e dá o retorno de forma mais rápida ao desenvolvimento”, frisou.
CANTÁ – Conforme relato de Peixoto, o próximo bloco de rua será feito no município do Cantá, a cerca de 30 quilômetros da Capital, na região Centro-Leste do Estado. Ele ressaltou que é preciso ordenar os turistas que visitam a Serra Grande. “O turismo é gerador de emprego e renda. Se eu conseguir juntar as duas moedas, então o papel do turismo se completa”, disse. (A.G.G)