Cotidiano

Número de imigrantes enviados para outros estados chega a 500

Venezuelanos foram encaminhados para São Paulo, Cuiabá e Manaus em duas etapas do processo de interiorização

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Ontem pela manhã, 4, a segunda etapa do processo de interiorização de imigrantes venezuelanos foi concluída. O Governo Federal, com apoio do Sistema ONU no Brasil, concluiu o deslocamento dos estrangeiros para Manaus (AM) e São Paulo (SP). Cento e sessenta e cinco pessoas desembarcaram na capital amazonense e outras 60 na capital paulista.

Com a conclusão da segunda etapa, até o momento, 490 imigrantes saíram de Roraima e foram encaminhados para outros estados. No mês passado, 199 venezuelanos foram para São Paulo e 66 para Cuiabá (MT).

A iniciativa busca ajudar venezuelanos a procurar novas oportunidades em outras localidades do Brasil. Todos os solicitantes de refúgio e migrantes que aceitam participar da interiorização passam por exame de saúde, são imunizados, abrigados na cidade de destino e acompanhados nos abrigos.

O processo é organizado por um subcomitê integrado pelos Ministérios de Direitos Humanos, Justiça, Desenvolvimento Social, Trabalho e Emprego, Saúde, e Segurança Pública. O trabalho tem apoio de três agências da ONU: a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), a Organização Internacional de Migração (OIM) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

Por meio do registro dos venezuelanos abrigados em Roraima, o ACNUR estabelece o perfil desta população e identifica os interessados em participar da estratégia. A OIM e o UNFPA estão atuando na informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar decisões. A OIM ajuda na organização dos voos e acompanha os venezuelanos participantes no processo. Estas três agências da ONU também têm dialogado com seus parceiros em diferentes municípios para identificar outras cidades interessadas em participar da estratégia de interiorização.

Nas cidades de destino, os venezuelanos serão alojados em abrigos de entidades voluntárias e religiosas até que consigam se estabilizar e encontrar emprego. Os abrigos em Manaus foram destinados aos migrantes que estão em família e com crianças, já os abrigos de São Paulo receberam os que estão sozinhos na jornada. São os abrigos que indicam quais os grupos de pessoas podem receber de acordo com suas estruturas e disponibilidade de vagas.

OPERAÇÃO ACOLHIDA – Os R$ 190 milhões destinados para 12 meses de operação é o valor que cobrirá todos os custos, desde a construção de unidades de apoio, manutenção de abrigos, alimentação e transporte dos que optarem pela interiorização. Um efetivo de 401 militares da Marinha, Exército e Aeronáutica estão empenhados na operação, sendo 273 em Boa Vista e 128 e Pacaraima.

Em relação à construção de novos abrigos no Estado, a Força-Tarefa de Logística Humanitária confirmou que deve concluir em breve a montagem do abrigo do bairro Santa Tereza. O local terá a capacidade para comportar até 500 pessoas.

A prioridade será os imigrantes acampados na Praça Simón Bolívar. A ideia é esvaziar o local o quanto antes. Outros três locais também deverão ser abertos em breve em Boa Vista e um quarto abrigo será concluído no município de Pacaraima, norte do Estado.

Os abrigos já em atividade estão com uma média de ocupação de 500 pessoas, totalizando mais de 4 mil pessoas. A alimentação está sob responsabilidade da Força Aérea, que produz cerca de 4 mil e 500 refeições por dia.

REFÚGIO – Na unidade da PF, em Boa Vista, mais de 800 migrantes são atendidos por dia e para conseguir atender a demanda, foi necessário o reforço no número de funcionários. São eles que orientam os venezuelanos sobre toda a documentação e os passos necessários para garantirem residência no Brasil. Entre 2016 e 2017 foram solicitados mais de 22 mil pedidos de refúgio na sede da Polícia Federal em Roraima, enquanto nos quatro primeiros meses de 2018, já foram mais de 20 mil pedidos.

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