Cotidiano

Novas regras para o rotativo do cartão de crédito entram em vigor

Novas regras para o rotativo do cartão de crédito entram em vigor Novas regras para o rotativo do cartão de crédito entram em vigor Novas regras para o rotativo do cartão de crédito entram em vigor Novas regras para o rotativo do cartão de crédito entram em vigor

Já estão em vigor as mudanças no crédito rotativo, definidas pelo Banco Central. Agora só será possível cair no crédito rotativo uma vez (30 dias). Depois, o cliente terá a opção de quitar toda a dívida ou de financiá-la com uma linha de crédito de livre escolha. Desta forma, os juros que eram de 485% poderão cair para pelo menos 470%.

O crédito rotativo é a modalidade ativada sempre que o usuário paga somente o valor mínimo da fatura do seu cartão de crédito. Por exemplo, uma fatura de mil reais tem um valor mínimo sugerido pelo banco de R$ 150. Se o cliente pagar apenas R$ 150, ele continuará comprando no cartão normalmente e, no próximo mês, será cobrada a nova fatura, mais os R$ 850 que faltavam, além dos juros em cima do valor devido.

Se mais uma vez, a pessoa pagar o valor mínimo haverá um acúmulo das duas faturas até que em longo prazo se gerará a famosa “bola de neve”. Era possível fazer isto consecutivamente. Em um ano, uma dívida que começou com mil reais poderia virar R$ 2.588,81. Os juros do crédito rotativo são os mais caros do mercado (485% ao ano) e sempre atraíram os brasileiros devido à facilidade de continuar tendo saldo no cartão.

Para o economista Eloi Senhoras, a nova regra é positiva para a população. Com o saque das contas inativas do FGTS, os trabalhadores terão um aumento na renda para o consumo, que diminuirá o “engessamento orçamentário”. Ainda segundo Senhoras, as novas regras vão aumentar a concorrência entre os bancos, que oferecerão linhas de financiamento mais atraentes.

Em Roraima, onde a maioria dos habitantes é funcionária pública, o crédito rotativo e também o cheque sem fundo foram os campeões de endividamento recentemente, segundo o economista. O motivo é a “insegurança consolidada pela recorrente mudança quanto às datas de pagamento dos funcionários públicos do Governo do Estado ou mesmo dos municípios, o que repercute em uma estrutura de dependência de endividamento privado em períodos específicos”, apontou.

Mas é preciso ficar atento. “Cabe ao usuário de cartão de crédito identificar qual o banco que oferece as linhas de financiamento com juros mais baixos, sem perder de vista que muitos bancos eventualmente vão aumentar taxas administrativas a fim de minimamente compensarem as perdas com esta nova regra”, ressaltou. (N.W)

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