Cotidiano

Notificações de dengue crescem, mas total de casos confirmados se estabiliza

Redução dos casos de infestação do mosquito Aedes aegypti na cidade passou de 40% para 70% com armadilhas com larvicida

Notificações de dengue crescem, mas total de casos confirmados se estabiliza Notificações de dengue crescem, mas total de casos confirmados se estabiliza Notificações de dengue crescem, mas total de casos confirmados se estabiliza Notificações de dengue crescem, mas total de casos confirmados se estabiliza

Os casos de notificação de dengue em Roraima têm aumentado, porém o de casos confirmados deu uma estabilizada. Até o momento, são mais de quatro mil registros espalhados pelos municípios do Estado. Durante o ano de 2016, houve cerca de dois mil casos notificados, segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). 

Em 2017 o número de casos confirmados é um pouco menor do que o registrado em 2016: são 181 confirmações para dengue, dez a menos que no ano anterior. Nos meses de maio a agosto deste ano, período de chuvas mais intensas em Roraima, foram 133 casos confirmados. Nos últimos meses os números caíram significativamente. Em setembro e outubro, foi uma média de cinco casos, enquanto que no mesmo período do ano passado a média ficou em 18.

Para o coordenador de combate às endemias de Boa Vista, Samuel Garça, mesmo com aumento no número de casos notificados, as ações vêm surtindo efeito com a implantação das disseminadoras de larvicidas pelos bairros de Boa Vista, implantadas em maio. No primeiro bimestre a redução dos casos de infestação do mosquito Aedes aegypti na cidade foi de 40% e, na segunda amostra, os resultados chegaram a 70%.
“Ainda é cedo para confirmar esses números, já que esse projeto é novo na cidade. Mas o que podemos perceber é que essa ação, juntamente com outras feitas em conjunto com os agentes comunitários de endemias, tem trazido retorno positivo”, afirmou Garça.

ARMADILHAS – O projeto de estações disseminadoras de larvicidas foi implantado em dez bairros da Capital e ainda está em fase de estudo, com o acompanhamento da Fundação Oswaldo Cruz do Amazonas e tem o apoio do Ministério da Saúde e Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

O projeto consiste na distribuição de recipientes de plástico acompanhado de água e um pano com um larvicida com a intenção de exterminar o maior número de mosquito Aedes aegypti. “Nós colocamos os recipientes de modo aleatório nos bairros que apresentam maior índice de infestação e fazemos um acompanhamento a cada 20 dias”, informou.

Por meio deste método, ao ter contato com o larvicida, o mosquito não morre de imediato. Após pousar em uma das disseminadoras, ele leva o veneno para outros criadouros. A eliminação é gradual e pode levar de sete a 45 dias, dependendo da fase de maturidade do mosquito.

“Fazemos a medição através de armadilhas específicas que conseguem identificar a quantidade de ovos colocados pelos mosquitos nos criadouros. Cada mosquito consegue colocar até 200 ovos. Temos percebido a diminuição de focos dentro das áreas pesquisadas”, explicou Samuel Garça.

A ação é inovadora e vem como estratégia no combate ao mosquito, porém, ainda está em fase de comprovação de eficácia. Entre os bairros que aparecem com maior índice estão o Caimbé, Jardim Floresta, Caranã, Asa Branca, Cinturão Verde, Santa Teresa e Tancredo Neves, todos na zona oeste. São cerca de 300 disseminadoras por bairro.

Profissionais de RR vão passar por treinamento

De segunda, 20, a quinta-feira, 23, a Coordenadoria Estadual de Vigilância em Saúde realizará a Semana Estadual de Atualização Técnica para vigilância das endemias. A ação consiste em capacitar cerca de 700 profissionais com intuito de melhorar o manejo clínico das arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti.

Técnicos do Ministério da Saúde (MS), além de mostrarem a melhor conduta para o tratamento e diagnóstico da dengue, abordarão outras endemias, como a chikungunya, malária e sarampo. Podem participar médicos, enfermeiros e fisioterapeutas de instituições públicas e privadas de todos os municípios.

“Esperamos atingir o público total, com a participação de representantes de cada município, além de atingir profissionais das unidades de saúde básica e média complexidade, bem como algumas instituições privadas”, frisou Vanessa Barros, gerente do Núcleo Estadual da Dengue.

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