A estimativa do Instituto Nacional de Combate ao Câncer (Inca) para 2017 é de 12.600 novos casos de câncer infanto-juvenil. Diferentemente do câncer no adulto, em que fatores como sedentarismo, obesidade e fumo influenciam no surgimento da doença, na criança e no adolescente as causas não são totalmente conhecidas.
No Dia Mundial de Combate à doença, lembrado neste sábado, dia 04, a campanha do Inca traz alerta para o câncer infanto-juvenil. Em Roraima, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), apenas sete casos de câncer foram registrados entre crianças e jovens de 12 a 18 anos no período de 2015 e 2016.
A doença, no entanto, é a principal causa de morte em jovens e crianças, sendo superada somente por acidentes e mortes violentas. Entre 2009 e 2013, o câncer foi responsável por cerca de 12% dos óbitos na faixa de 01 a 14 anos, e 8% de 1 a 19 anos. No país, foram registradas 2.724 mortes por câncer infanto-juvenil em 2014, ano mais recente com informações compiladas.
TRATAMENTO – De acordo com a Sesau, até os 12 anos a responsabilidade pelo tratamento contra o câncer em crianças e adolescentes é do município. Acima de 13 anos, o órgão oferece o tratamento contra o câncer por meio da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia em Roraima (Unacon), único centro credenciado pelo Ministério da Saúde para o tratamento de pessoas com câncer no Estado.
As exceções são as sessões de radioterapia que, quando necessárias, são concedidas pelo processo de Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Atualmente a Unacon acompanha dois jovens que têm câncer de osteossarcoma, doença que afeta a extremidade dos ossos longos, que recebem todo o atendimento no Estado.
Além disso, o Laboratório de Anatomia Patológica do Estado (Laper) oferece serviço médico especializado para a realização de diagnóstico de câncer.
Associação beneficente atende mais de 800 portadores de câncer
O trabalho feito pela Associação Beneficente ao Portador de Câncer (ABPC), criada em 2008, são ações de apoio, conscientização, orientação, aconselhamento, promoção de autoestima e de solidariedade por meio do trabalho de cerca de 20 voluntários e auxílio de doações.
De acordo com a presidente da ABPC, Francinete Sousa Alves, são cerca de 800 pacientes cadastrados na instituição que recebem o atendimento regular dos voluntários. “Nós hospedamos pacientes que vêm do interior e não têm condições de se manter aqui. Atendemos pessoas com todo tipo de câncer e de qualquer faixa etária, seja adulto, idosos ou crianças”, destacou.
Para cadastrar-se, é necessário apenas que a pessoa traga a sua documentação e um laudo médico que comprove a doença, para que ela seja beneficiada com as ações da associação.
Câncer infanto-juvenil em Roraima: