Cotidiano

Não há risco de desabastecimento de carne, garante cooperativa

Sem o Matadouro público, abates estão ocorrendo em matadouros de três municípios do interior

O risco de desabastecimento e da elevação no preço da carne no mercado interno foi rechaçado pela Cooperativa Agropecuária de Roraima (Coopercarne) e por criadores de gado. Sem o Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima (Mafir), fechado há quase um mês, os abates estão ocorrendo nos matadouros municipais de Rorainópolis, na região sul, Caracaraí, a centro-sul, e Cantá, a centro-leste.

Segundo o presidente da Coopercarne, Disney Mesquita, havia a preocupação que os pequenos frigoríficos não pudessem suprir a demanda, o que não ocorreu. “Ainda estamos conseguindo manter. Estávamos preocupados, mas temos conseguido atender o mercado local e não tem previsão para aumento [do preço] nem desabastecimento”, disse.

Conforme Mesquita, os produtores já vinham buscando alternativas antes mesmo do fechamento do Mafir, que ocorreu por determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “O Mafir já vinha sendo subutilizado e os produtores e distribuidores já buscavam outras alternativas para não ficar na dependência”, afirmou.

Outra alternativa de abate em larga escala seria o Frigo 10, no quilômetro 482 da BR-174 sul, na zona rural de Boa Vista, saída para Manaus (AM). O problema é que o matadouro, considerado um dos mais modernos do Brasil, ainda aguarda a liberação do Serviço de Inspeção Federal (SIF) pelo Mapa para iniciar a produção. “É um investimento de R$ 40 milhões que está parado, aguardando a morosidade do Mapa”, lamentou o diretor-presidente da unidade, Antônio Denarium.

Ele também garantiu, em nome dos produtores e criadores de gado do Estado, não haver a mínima possibilidade de aumento no preço da carne. “Não há perigo de subir o preço da carne, porque é um produto fixado a nível nacional. Em São Paulo e Roraima é o mesmo preço praticamente, a exceção dos industrializados, que encarecem devido ao frete”, explicou.

O produtor afirmou que o Mapa realizou auditoria no Frigo 10 e constatou não haver inconformidade nos 300 itens avaliados. “A carne que estamos consumindo está sendo abatida nos matadouros municipais do interior. Não estão de forma adequada, mas é o suficiente para não parar”, frisou.

MAFIR – O matadouro estadual, que estava previsto para reabrir esta semana, deve permanecer interditado até que o Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima), cumpra as exigências do órgão regulador. (L.G.C)

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