Cotidiano

Não há razão para greve dos professores, diz Brito Bezerra

Líder do Governo na Assembleia afirmou que acordo feito com Sinter, no início deste ano, estava sendo cumprido

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O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Brito Bezerra (PP), anunciou, durante o programa Agenda da Semana, apresentado pelo radialista Getúlio Cruz, na Rádio Folha AM 1020, na manhã de ontem, 16, que considera a greve dos professores estaduais política e sem fundamentos.

“Se as demandas possíveis da Educação foram, de pronto, atendidas pela governadora Suely Campos, por que continuar a greve?”, questionou o deputado, alegando que desde o início do mandato o governo tem atendido o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima (Sinter). “No início do ano, recebemos o Sinter para discutir uma pauta com poucos itens. As comissões foram formadas e o acordo vinha sendo cumprido, mas eles deflagraram novamente a greve, imputando ao governo o não atendimento de alguns pontos, o que não é verdade. Eles apresentaram uma nova pauta com 39 itens. Foram recebidos novamente, mas estão intransigentes, querendo agora a saída da secretária de Educação, Selma Mulinari”, disse.

Sobre o assunto, o deputado afirmou que não irá negociar com o Sinter a exoneração da secretária de Educação. De acordo com o parlamentar, há por trás deste pedido uma intenção política da oposição de desarticular o governo. “É um ponto que circunda políticos da oposição que não querem ver o Estado crescer, nem a educação melhorar. A secretária está habilitada, qualificada e trabalha diuturnamente para melhorar a educação, e digo isso porque eu vejo ela em todos os horários se dedicando a fazer o melhor”, frisou, explicando ainda que a nomeação da secretária é uma questão política de governo, não cabendo ao Sinter o ato de definir o representante da pasta.

Além disso, Brito Bezerra afirmou que os indígenas não participaram, em nenhum momento, da greve dos professores. “Essa greve realmente é só do Sinter. Os indígenas deixaram claro, numa reunião na sexta-feira, 14, no Palácio, com a presença de vários deputados que não fazem parte dessa greve, que tinham demandas para a comunidade indígena, mas que não tinham aderido a essa greve”, frisou.

Brito ressaltou ainda que, dos seis pontos de reivindicação, cinco foram atendidos pela governadora Suely Campos. “O sexto item, a exoneração da secretária Selma Mulinari, é um ato político que não será atendido. Não aceitamos discutir, pois entendemos que a secretária está trabalhando e atendendo a educação como um todo”, disse o deputado.

Os outros pontos solicitados pelos indígenas foram: manter o texto original do Plano Estadual de Educação que contempla a educação indígena; revitalização das escolas indígenas; lotação do pessoal de apoio nas escolas indígenas onde não foram lotados; ampliação da per capita da merenda escolar e envio do material de consumo, como lápis, caderno e papel.

O deputado frisou que o consumo de merenda escolar na comunidade indígena é dobrado, que a governadora Suely Campos já concordou em aumentar essa quantidade per capita e em contratar as equipes de apoio nessas escolas. “Acordamos também manter o plano de educação original, portanto, não há razão para esse movimento continuar”, disse.

“O governo encontrou a educação em estado de calamidade pública. Não é fácil solucionar tudo de uma vez enfrentando uma crise no País que, só esse mês passado, tirou R$ 15 milhões dos cofres públicos desse Estado. Não é fácil! As comunidades indígenas, além de terem mais escolas, são mais distantes de nossa capital, portanto, mais dispendiosas”, destacou.

Para encerar, o deputado lembrou que a Lei 892 (que trata do Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos profissionais da educação básica em Roraima) tem artigos inconstitucionais que serão revistos pelo governo e pela Assembleia. Brito ressaltou que algumas reivindicações do Sinter envolvem a questão financeira sem que tenha havido previsão no orçamento deste ano. “Só podemos nos comprometer com o que o Estado pode cumprir. A governadora quer pagar os melhores salários, ter a melhor merenda do País, regionalizada, mas só pode cumprir com o que é possível financeiramente. E ela está certa nisto”, afirmou. (J.L)

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