O processo de interiorização com os imigrantes venezuelanos continua hoje, com o embarque de 152 venezuelanos para as cidades de Cuiabá, no Mato Grosso do Sul, e São Paulo a partir das 8h do Aeroporto Internacional de Boa Vista – Atlas Brasil Cantanhede. Somados agora, são 268 imigrantes que saíram dos abrigos temporários de Boa Vista em busca de uma nova vida nesses estados brasileiros.
A ida dos imigrantes venezuelanos para outras regiões é optativa, segundo a assessoria de imprensa da Casa Civil da Presidência da República, e não houve qualquer imposição para a mudança de endereço dessas pessoas. Segundo a Casa Civil, ainda não tem data para novas etapas da interiorização, esse processo depende da viabilização das vagas nos abrigos junto às prefeituras e governos de outros estados.
Ontem, 5, pela manhã foram embarcados em um avião da Força Aérea Brasileira 116 venezuelanos com destino a São Paulo, 83 imigrantes foram levados de ônibus para um abrigo administrado pela Prefeitura de São Paulo; 29 foram acolhidos por um abrigo administrado pela sociedade civil e os últimos quatro foram para um local de acolhimento do Estado de São Paulo.
O segundo voo sai de Boa Vista hoje, também às 8h, e desembarca na Base Aérea de Cuiabá às 11h. Serão providenciados ônibus, que levarão os 69 venezuelanos a um abrigo administrado por uma ONG. O mesmo voo sai de Cuiabá às 12h30 e chega à Base Área de Guarulhos às 15h30. Desse grupo, 77 vão para abrigos da Prefeitura de São Paulo e os cinco restantes para local de acolhimento do Estado de São Paulo.
Além das exigências de graduação e aptidão profissional, as cidades anfitriãs pediram que os imigrantes passassem por uma avaliação médica minuciosa, principalmente imunização contra sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela, difteria, tétano e coqueluche. Todos que fizeram a opção de ir para outro estado da federação devem passar por esse estágio.
Para São Paulo, foi exigido que os novos moradores fossem jovens, solteiros e graduados e, para o Mato Grosso do Sul, abriu a oportunidade para famílias inteiras. Outra etapa para ida dos venezuelanos foi a regularização migratória junto a Polícia Federal, seja por meio de pedido de refúgio ou de residência temporária
A interiorização foi uma estratégia adotada pelo Governo Federal para oferecer melhores condições aos venezuelanos que tem chegado diariamente ao Estado de Roraima fugindo da crise que assola o seu país, a Venezuela. Para que esse processo acontecesse, o Governo Federal contou com apoio técnico de agências das Nações Unidas (Acnur e OIM) que buscaram vagas em abrigos em outras cidades brasileiras.
A assessoria de imprensa da Casa Civil informou ainda que, a interiorização não tem nenhum custo para os venezuelanos. As despesas das viagens é por conta dos R$ 190 milhões liberados ao Ministério da Defesa por meio da Medida Provisória 823/2018, que trata da assistência emergencial e acolhimento humanitário das pessoas que deixaram a Venezuela. (C.O)