Dados mostram que as mulheres são mais disciplinadas em suas aplicações - Foto: Reprodução/Internet
Dados mostram que as mulheres são mais disciplinadas em suas aplicações - Foto: Reprodução/Internet

Quase 29% das trabalhadoras tinham ensino superior completo, enquanto entre os homens o percentual foi de 17,3%. Mesmo assim, elas ainda ocupam menos da metade dos postos de trabalho no país.

As mulheres ocupadas no Brasil apresentaram maior nível de escolaridade que os homens, segundo dados do Censo Demográfico. O levantamento mostra que 28,9% das trabalhadoras tinham ensino superior completo, enquanto entre os homens o percentual foi de 17,3%.

A diferença também aparece nas faixas de menor escolaridade: 43,8% dos homens ocupados não tinham o ensino médio completo, ante 29,7% das mulheres. Entre os homens, 17,4% tinham o ensino médio incompleto (contra 13,5% das mulheres) e 26,4% não haviam concluído o ensino fundamental (ante 16,2% das mulheres).
Mesmo com nível de instrução mais alto, as mulheres ainda representam 43,6% da população ocupada no país — menos da metade.


Presença feminina é maioria em áreas intelectuais e de serviços
Nos recortes por grupo de ocupação, as mulheres se destacam em profissões que exigem formação técnica ou superior. Entre os profissionais das ciências e intelectuais, elas representam 60,8% dos trabalhadores. A presença feminina também é majoritária entre trabalhadores de apoio administrativo (64,9%) e trabalhadores dos serviços e do comércio (58,9%).

Por outro lado, a participação feminina é muito reduzida em áreas tradicionalmente masculinas. Apenas 7,4% dos operadores de máquinas e montadores e 9,3% dos membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares são mulheres.
Setores mais e menos ocupados por mulheres

O Censo também revela desigualdade na distribuição por setores de atividade. Os serviços domésticos seguem como o segmento com maior presença feminina (93,1%), seguido por saúde humana e serviços sociais (77,1%), educação (75,3%), outras atividades de serviços (66,8%) e alojamento e alimentação (61,2%).
Já os setores com menor participação de mulheres são construção (3,6%), transporte, armazenagem e correio (9,3%) e indústrias extrativas (14,4%).

Apesar dos avanços na escolaridade e na ocupação de cargos de maior qualificação, os dados mostram que as mulheres ainda enfrentam barreiras históricas de inserção e reconhecimento no mercado de trabalho brasileiro, especialmente em áreas técnicas e industriais.