A violência contra a mulher é um dos assuntos mais noticiados na mídia na atualidade. Dados do Governo Federal apontam que, a cada três horas, uma mulher é estuprada no Brasil. E com o intuito de auxiliar a mulher nessa realidade e dar a ela orientações, por meio da Escolegis, a Assembleia promoveu a oficina sobre Noções de Segurança e Defesa Pessoal Feminina.
Mulheres lotaram o Plenarinho da Casa para receber essas orientações na tarde dessa quinta-feira, 30. Elas aprenderam na teoria e na prática como se defender em situação de risco, com técnicas apropriadas ao corpo feminino.
Um dos facilitadores, o sargento PM José Ferreira da Silva Júnior, explicou que “democraticamente a mulher pode escolher, num momento difícil de risco real, utilizar ou não as técnicas aprendidas durante as orientações dadas”.
Também como facilitador da oficina, o Mestre Faixa Preta 7º DAN em Elementos DO, Sebastião Sampaio, explicou que as técnicas não devem ser usadas de forma irresponsável, mas é necessário que antes, a mulher avalie a real necessidade para se defender.
Durante a demonstração prática da defesa pessoal os facilitadores mostraram como o uso de pontos sensíveis do corpo como: mãos, nariz e pernas, por exemplo, podem ser essenciais na defesa.
“Aguçamos a inteligência já que a força é desproporcional, porque primeiramente pensamos que a mulher estará se defendendo de homens, e homens mais fortes fisicamente, então essas noções são para usarem pontos específicos do corpo para benefício delas mesmas”, explicou o Mestre Sampaio.
As técnicas foram absorvidas pelo público feminino que participou da oficina. As mulheres tiraram dúvidas e também testaram na prática o conhecimento adquirido. A estudante Tímna Ruanna Albuquerque, 21 anos, já pratica artes marciais e disse que como está sempre sozinha para fazer as atividades diárias, resolveu participar do evento na Assembleia.
“Nunca passei situação que precisasse me defender assim, mas agora com estas técnicas, já saberei lidar caso haja algum risco real”, disse.
A coordenadora da Escolegis, Elísia Martins, que também participou das atividades práticas, ressaltou a importância de as mulheres terem a consciência da defesa pessoal. “Ninguém tem o direito de agredir fisicamente, violar a intimidade. Precisamos ter essa consciência”, concluiu.
Com informações da Assembleia Legislativa.