Cotidiano

Mulher espera há oito anos por cirurgia

De acordo com esposo de Mágila Ferreira, os diagnósticos dos médicos são sempre inconclusivos e a paciente tem sofrido cada vez mais com problema renais

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Familiares de Mágila Ferreira de Souza, 35 anos, denunciaram nesta quarta-feira, 2, descaso médico no Hospital Geral de Roraima (HGR). Segundo o esposo da paciente, há oito anos ela espera por cirurgia.

À FolhaWeb, Aciomar Ribeiro explicou que todas as vezes que foram a unidade, os médicos a liberaram sob a alegação de que ela não estaria apta para o procedimento. A paciente tem problemas renais que vem se agravando cada vez mais. 

“Eles afirmam que não podem fazer cirurgia pois o caso é grave. Nós temos os exames ela precisa de medicação e em nenhuma das vezes ela foi internada”, disse. 

Aciomar, que é pedreiro e está há cinco meses sem trabalho, contou ainda que não chegou a formalizar denúncia, uma vez que a esposa ainda está no aguardo da liberação de Tratamento Fora de Domicílio (TFD). 

“O Ministério Público Estadual me orientou a voltar em 90 dias com um laudo mais específico do caso dela, mas isso demora muito e os resultados que recebemos dos médicos é sempre o mesmo e ela precisa de uma cirurgia urgente”, enfatizou.

OUTRO LADO –  A Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) informa que de acordo com o levantamento realizado pela CGRAC (Coordenação Geral de Regulação, Avaliação e Controle) a referida paciente deu entrada no processo de TFD (Tratamento Fora de Domicílio) no dia 19 de dezembro de 2018, portanto, há menos de duas semanas. O processo está sendo formalizado para que ela possa ser atendida em alguma Unidade localizada fora do Estado.

Ressalta que nem a direção do HGR (Hospital Geral de Roraima), nem a própria Secretaria, interferem na relação médico-paciente.Portanto, qualquer cidadão que se sentir prejudicado em seu atendimento deve formalizar uma denúncia, neste caso, na Ouvidoria do SUS, para que haja a devida apuração. Ao receber a reclamação, a Sesau realiza uma investigação minuciosa do fato e se for comprovada qualquer negligência, os envolvidos são devidamente punidos.

Ressalta que, quando a denúncia é formalizada, o caso é avaliado pela Comissão de Ética da unidade e encaminhado ao Conselho Regional de Medicina, instituição com propriedade para apurar se houve ou não inconformidade na conduta médica, garantindo a ampla defesa dos investigados.

A Ouvidoria do SUS pode ser acionada por telefone (95-2121-0590 ou 136/nacional), por e-mail ([email protected]) e ainda pessoalmente ou por carta endereçada à rua Madri, 180, Aeroporto, Boa Vista-RR, CEP 69.310.043. O órgão é responsável por apurar as demandas e dar um retorno à população, processo que é monitorado pelo Ministério da Saúde.

 

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