O Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Roraima (UFRR) será alvo de uma investigação do Ministério Público Federal (MPF). Denúncia feita por acadêmicos da instituição afirma que foi encontrada a presença de larvas de inseto em algumas das refeições servidas no local.
O fato ocorreu no dia 26 de janeiro e teve grande repercussão após um acadêmico postar imagens da comida nas redes sociais. No mesmo dia, cerca de 10 alunos deram entrada no Pronto Atendimento Airton Rocha, relatando enjoo, azia e vômito.
Em forma de protesto, outros alunos penduraram faixas e cartazes na porta do RU cobrando que as providências necessárias fossem tomadas. O caso foi parar no MPF, que afirmou que um grupo de alunos registrou denúncia junto ao órgão fiscalizador, no domingo, 31, por meio do portal da instituição na internet.
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Um dos alunos, que preferiu não se identificar, informou que o caso gerou revolta. “A comunidade acadêmica não aguenta mais tamanho descaso. Precisamos de refeições de qualidade, pois muitos alunos passam o dia dentro da universidade”, afirmou.
As possíveis irregularidades no restaurante também foram relatadas à Vigilância Sanitária. A Prefeitura de Boa Vista informou, por meio de nota, que a denúncia foi realizada através do 156 e está sendo acompanhada pela Vigilância Sanitária municipal. Embora a Universidade seja uma instituição federal, os fiscais da Vigilância podem atuar no local para verificar as condições higiênico-sanitárias e fazer apuração das denúncias.
Uma equipe foi enviada ao local e identificou um lote de arroz impróprio para consumo. O material estragado foi eliminado e as medidas cabíveis como multas e interdições já estão sendo tomadas.
O nutricionista da UFRR, Igor Calazans, informou que o caso está sendo acompanhado junto à empresa responsável pela administração do restaurante. “Não estamos presentes em tempo integral no restaurante, pois há uma empresa responsável pela administração do espaço, porém fazemos recomendações, notificações e advertências”, disse.
Ele destacou que, caso o contrato seja descumprido, são feitas recomendações à Pró-reitoria de Administração. “Fazemos isso para que eles possam avaliar junto com o jurídico da universidade e, por fim, aplicar uma sanção administrativa ou multa”, disse. (I.S)
