Cotidiano

Movimento Puraké realiza 1ª Remada Ecológica neste domingo

Não serão permitidos veículos motorizados durante o percurso. No final da tarde, o evento encerra com um manifesto cultural na Praia Grande

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O Movimento Puraké realiza neste domingo, dia 8, a 1ª Remada Ecológica, uma ação social e ambiental em defesa das águas de Roraima. Serão 10 quilômetros de remada, do Rio Cauamé ao Rio Branco, com saída prevista para as 13 horas, da Praia da Polar, e chegada na Praia Grande. Não serão permitidos veículos motorizados. No fim da tarde, o evento encerra com um manifesto cultural que contará com a presença de vários artistas na Praia Grande. A remada contará com o apoio do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil.

Segundo avaliam os organizadores do evento, diante da degradação causada pelo aumento no uso de agrotóxicos e o assoreamento no Rio Branco e igarapés como o Água Boa de Baixo, o Murupu e o Água Boa do Bom Intento, a remada tem a dupla missão de chamar a atenção da sociedade para os perigos e conseguir o maior número de assinaturas para a solicitação de uma audiência pública com as autoridades competentes, como da DPE-RR (Defensoria Pública do Estado de Roraima) e do MPRR (Ministério Público do Estado de Roraima).

Além disso, o movimento também atua contra o que considera ser a principal ameaça às águas de Roraima: a hidrelétrica do Bem Querer, que segundo os organizadores da remada, pode transformar o Rio Branco em um lago, de Caracaraí, município ao Sul do Estado, ao Forte São Joaquim.

Uma das críticas dos integrantes do movimento Puraké é que atualmente, o Governo Federal já está em fase de contrato de um Estudo de Impacto Ambiental para iniciar o licenciamento da hidrelétrica, enquanto a maior parte da população de Roraima não tem conhecimento sobre o mapa do alagamento.

Segundo uma das representantes do Movimento, Alessandra Vilhena, a remada vai contar com um especialista da UFRR (Universidade Federal de Roraima), que vai coletar amostra das águas dos balneários para saber como está a qualidade. Ela destacou que intervenções serão feitas com o intuito de esclarecer, questionar, orientar e conscientizar os participantes. “Foi uma forma que encontramos de chamar a atenção da sociedade”, comentou.

Alessandra reforçou que o ponto crucial da remada é o recolhimento das assinaturas para provocar a audiência pública. Os interessados que não puderem participar da 1ª Remada Ecológica podem contribuir com as assinaturas por meio do link disponível na página do Facebook: Movimento Puraké. A partir do resultado da remada, outros eventos de conscientização em defesa das águas de Roraima serão idealizados.

HISTÓRICO – O Movimento Puraké foi criado por um grupo de amigos em 2012, no início da história da Hidrelétrica do Bem Querer, com o propósito de chamar a atenção para a ameaça ao Rio Branco, criando espaços para que houvesse diálogo e participação da sociedade. “Principalmente para haver troca de informações, de maneira que a população ficasse sabendo da realidade de forma participativa”, observou Alessandra Vilhena. (A.G.G)

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