
O movimento indígena de Roraima irá realizar a quinta edição do Acampamento Terra Livre (ATL), que inicia nesta segunda-feira, 5, na praça Ovelário Tames Macuxi, no Centro Cívico de Boa Vista. A expectativa é de que 8 mil pessoas participem da mobilização.
O evento tem o objetivo de reivindicar a vigência da Lei do Marco Temporal, nº 14.701/23, além da atuação da Câmara de Conciliação instalada no Supremo Tribunal Federal. De acordo com o movimento, a câmara teve o funcionamento prorrogado três vezes e está causando prejuízos aos povos indígenas.
Outras reivindicações são a ausência de uma coordenação no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Leste de Roraima há quase dois meses, a luta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 48, de autoria do senador Hiran Gonçalves, e a instalação do Gurpo de Trabalho do Senado Federal que discute a mineração em terras indígenas.
“Estamos nos preparando para mais essa mobilização, essa mobilização é muito
importante para nós. Não podemos ver os nossos direitos sendo violados e não fazer
nada. Temos que lutar por tudo e por todos. É esperado mais seis mil pessoas dos
territórios”, explicou a liderança Felipe Valério, que faz parte da comissão
organizadora.
Além dos debates e palestras, o ATL também contará com exposição de artesanato, apresentações de danças tradicionais. Irão se reunir no local da manifestação, indígenas das regiões do Baixo Cotingo, Serra, Alto Cuamé, Surumu, Tabaio, Amajari, Wai Wai, Yanomami, Murupu, Serra da Lua e Raposa.