Cotidiano

Movimento começa arrecadação no Mirandinha

Voluntários recebem donativos para venezuelanos

O movimento S.O.S. Hermanos, que conta com a parceria da Folha, fará uma grande arrecadação de alimentos para refugiados da Venezuela que se encontram em Boa Vista e Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, Norte do Estado.

A ação já começou neste domingo, dia 04, na Praça do Mirandinha, na Rua da Tangerineira, no bairro Caçari, zona Leste. Também é possível deixar alimentos, roupas e sapatos em outros 25 pontos espalhados pela cidade, conforme Ana Lucíola Franco, coordenadora da campanha. Os materiais são recolhidos a cada dois dias.

Para chamar a atenção do público para a causa, o grupo preparou apresentações de música venezuelana e venda de comidas típicas do país vizinho, tudo para que mais pessoas conheçam a cultura deste povo. É possível acompanhar todo o trabalho do S.O.S Hermanos nos perfis do Facebook de Ana Lucíola Franco, Lucinda Prado e Rodrigo Brasil, além da página Amigos do Parque Anauá.

Também são parceiros os locais que servem como pontos de arrecadação, como a Assembleia Legislativa, Faculdade Atual, a Casa do Construtor e a própria Folha de Boa Vista. Para entregar os alimentos, Ana Lucíola usa seu próprio carro para levar até Pacaraima, onde faz um sopão com a ajuda de sua família.

Outros voluntários participam distribuindo cestas para famílias de imigrantes, principalmente na Rodoviária de Boa Vista, no bairro 13 de Setembro, zona Sul, onde muitas destas pessoas dormem.

Não há cadastro de famílias. O grupo ajuda quem aparecer. No caso de já ter esgotado o estoque, os voluntários fazem o possível para multiplicar o que parece indivisível. “Ontem fizemos sopão para 150 pessoas e, para as que chegaram depois, conseguimos dar um biscoito, um pacote de algo. No total foram trezentas pessoas ajudadas. No sábado passado, fizemos outra entrega de alimentos arrecadados”, relatou a coordenadora.

Dependendo da recepção do público hoje, domingo, o S.O.S. Hermanos deve estender a campanha ou criar outro tipo de mobilização. Mas parar não está nos planos.

“Agora também ajudamos os indígenas que moram em Pacaraima e já ajudamos três famílias de Boa Vista. Não temos um número exato, mas no mínimo 50 famílias já foram auxiliadas por nós, no total. A nossa questão não é política nem religiosa, é de solidariedade. A fome e o frio não esperam”, frisou Ana Lucíola. (N.W)

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