Cotidiano

Moradores não devem ser afetados por processo de concessão de lotes, diz Seplan

Conforme Conselho Diretor do Fundo de Desenvolvimento Industrial de Roraima (CDI), Jardim das Copaíbas não terá envolvimento com projeto, a princípio

Moradores não devem ser afetados por processo de concessão de lotes, diz Seplan Moradores não devem ser afetados por processo de concessão de lotes, diz Seplan Moradores não devem ser afetados por processo de concessão de lotes, diz Seplan Moradores não devem ser afetados por processo de concessão de lotes, diz Seplan

O secretário-executivo do Conselho Diretor do Fundo de Desenvolvimento Industrial de Roraima (CDI) da Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento (Seplan), André Cerri, revelou que, a princípio, os moradores de áreas próximas ao Distrito Industrial Aquilino Mota Duarte não serão afetados pelo processo de concessão de lotes.

A afirmação é em resposta ao questionamento de moradores do Jardim das Copaíbas, área habitacional localizada próxima ao Distrito Industrial, com mais de 250 famílias residentes. Os habitantes, que iniciaram as suas residências devido a um projeto de invasão, estão morando em área imprópria.

De acordo com Cerri, representantes dos moradores chegaram a questionar junto à Seplan e ao Instituto de Terras de Roraima (Iteraima) sobre a situação e se os lotes da área habitacional também seriam disponibilizados para o setor empresarial. “O Jardim das Copaíbas não está dentro do plano diretor e a nossa licitação está sendo feita em outra área”, informou o secretário-executivo. “Mas essa área é uma preocupação para nós, que fazemos a gestão do Distrito porque o local é designado e voltado para a indústria”, acrescentou.

No entanto, o secretário-executivo reforçou que as comunidades têm ciência de que estão localizadas em área imprópria e que têm conhecimento de que, mesmo que haja uma autorização ambiental para o funcionamento destas empresas, a permanência das pessoas no local pode ser prejudicial para a saúde de suas famílias.

“Próximo à área habitacional existem olarias e uma indústria de couros como emissão de gases, de ruídos, de odores. Por mais que os setores industriais sigam aos padrões permitidos por lei, existe a emissão de poluentes pelas indústrias”, afirmou André Cerri. “Nos preocupa essa aproximação do Jardim das Copaíbas a esse ambiente que podemos chamar de insalubre”, afirmou.

Perspectiva é que a permanência dos moradores se torne ainda mais difícil

O secretário-executivo do CDI esclareceu ainda que o edital do processo licitatório está previsto para ser lançado no final do mês de julho e ainda não foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE). A princípio, serão disponibilizados apenas dez lotes para o setor industrial no primeiro edital, em uma adequação da lei estadual à legislação federal.

Segundo Cerri, houve um extenso trabalho de servidores e técnicos do Instituto de Terras de Roraima (Iteraima), da Superintendência do Patrimônio da União (SPU), da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinf) e da própria Seplan para avaliação dos lotes, mas que o número reduzido de espaços foi pensando com o objetivo de diminuir os eventuais problemas e possibilitar uma análise mais incisiva do desenvolvimento do projeto. No entanto, a perspectiva é que gradativamente seja ampliado o número de lotes disponíveis e, como consequência, a permanência dos moradores no local poderá ficar cada vez mais difícil.

“A população cresce, o consumo aumenta e, consequentemente, as indústrias também. Hoje o Distrito Industrial já tem um número de empresas bem mais significativo do que há cinco anos, então é um crescimento gradativo que é inerente à própria evolução do Estado”, disse.

“O Jardim das Copaíbas está totalmente dentro da área que foi destinada ao Distrito Industrial, então a gente tem que rever isso aí. Ainda não sabemos o que vamos fazer, mas estamos iniciando uma conversação com alguns moradores. Temos uma questão social delicada para resolver, então imagino que nas próximas reuniões do Conselho a gente deva tratar de alguma forma essa situação”, afirmou Cerri.

O secretário-executivo ainda acrescentou que foi realizado um mapeamento de todas as situações críticas envolvendo a área e que deverão ser alteradas, como também é o caso dos donos de chácaras próximas ao Distrito. “O objetivo é que esse assunto seja debatido até se chegar a um denominador comum que possa atender tanto às necessidades do setor industrial quanto as daqueles que moram lá”, finalizou. (P.C)

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