Cotidiano

Moradores entregam abaixo assinado pedindo escola 

MARCOS MARTINS

Editoria de Cidades

Em reforma desde o ano de 2013 e fechada por tempo indeterminado através de um decreto do governo estadual, moradores criaram uma comissão com 17 representantes que busca reativar a escola estadual 13 de Setembro. Nesta terça-feira (27) um abaixo assinado foi entregue na Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seed). 

Os moradores reclamam da reabertura da escola e destacam o transtorno que a situação tem causado. “Todo mundo está estudando muito distante. Tem muitos pais que não têm condições de se deslocar do 13 de setembro para outros bairros. Tem os deficientes físicos, também, que precisam da escola dentro da nossa comunidade. A gente exige que a escola seja reaberta”, revela a moradora Katiane Freitas.

Segundo informações da própria comissão de moradores, a escola está há seis anos fechada e se incomodam com a falta de informações por parte do governo. “São seis anos fechada e na época o motivo alegado é que estava sendo feita uma reforma. Nunca mais tivemos retorno de nada, nem informações de quando estava previsto para reabrir a escola. Absolutamente nada”, analisa ainda a representante.

No dia 18 de agosto, os moradores se reuniram para realizar um protesto na frente da escola e entre as outras ações fizeram o recolhimento de assinaturas das pessoas do bairro para forçar uma resposta do governo. “Começamos o recolhimento de assinaturas. Fomos de casa em casa e nós sentimos que a comunidade abraçou a causa e também pessoas que moram próximas ao bairro. Entregamos ofício aqui na secretaria de educação. Não podemos esquecer que fizemos manifestação na frente da escola junto com toda a comunidade e fizemos algo pacífico, bonito e que reuniu todas as pessoas que estão interessadas nessa escola, na comunidade”, afirma ainda Katiane.

Outro integrante da comissão de moradores, Nelson Lima, destaca que a história de 40 anos da escola é fator importante para o bairro. “A escola tem uma história aqui. Tem 40 anos e fora que os filhos e netos precisam da escola. É um direito da criança, do adolescente, ter uma escola próxima das suas casas e isso não está acontecendo no bairro”, desabafa também Nelson.

OUTRO LADO – Em nota, a Secretaria Estadual de Educação e Desportos (SEED) destaca que os estudantes que estavam na escola 13 de Setembro foram matriculados, ainda em 2016, na escola estadual Barão de Parima. A situação ocorreu em função de uma obra de reforma, a qual foi iniciada no ano de 2013, que foi suspensa, depois retomada e nunca concluída.

A nota informa que documentos do processo administrativo de reforma apontam que os valores da obra ficaram na ordem de R$ 1,5 milhão e que a Escola 13 de Setembro foi informada normalmente no Censo Escolar, nos anos 2017 e 2018, no endereço no qual não estava funcionando.

Ainda conforme a nota, a Escola 13 de Setembro não estava credenciada junto ao Conselho Estadual de Educação, estando, portanto, com seus atos irregulares. Com relação às ações que serão tomadas para reabertura da escola, a Seed informa que está retomando o processo de reforma e houve a autorização para conclusão do serviço. Atualmente o processo está na Controladoria Geral do Estado (CGE) para atualização da planilha de custos e informa que em breve as obras serão concluídas.