Cotidiano

Moradores do Jardim das Copaíbas reclamam da falta de estrutura

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Moradores do Jardim das Copaíbas, localizado no Distrito Industrial Aquilino Mota Duarte, denunciaram à Folha a falta de infraestrutura no local. Uma das maiores precariedades vividas por eles é a falta de água encanada, saneamento básico e asfalto nas ruas. Outro problema citado é a inexistência de escola para alunos do Ensino Médio, posto de saúde e rondas periódicas da Polícia Militar.

A maioria dos moradores construiu, por conta própria, poços artesianos para terem acesso à água potável. A Folha percorreu ruas do bairro e constatou lama, buracos e muitos moradores insatisfeitos. O aposentado Joaquim Gomes, 73 anos, mora no bairro há 19 anos e disse que sente dificuldades quando precisa de uma consulta médica. “Quando precisamos de médico, temos que ir ao posto de saúde do bairro Raiar do Sol, Zona Oeste, em que são atendidos apenas cinco moradores por dia aqui do Jardim das Copaíbas”, reclamou.

Outra moradora, Juscilene Francelina Magalhães, 49, vive no local há oito anos e afirma que quase nunca há melhorias. Mãe de cinco filhos, ela sente falta de escolas que atendam aos alunos do Ensino Médio. Comentou também a dificuldade com o transporte coletivo. “Aqui não tem escola para as crianças maiores. Minha filha está no Ensino Médio e vai todos os dias estudar no Nova Cidade. O problema é o ônibus, que só vai até o início do bairro e ela acaba tendo que andar um longo trecho a pé”, lamentou Juscilene.

A falta de asfalto nas ruas é motivo de queixas em comum entre os moradores. O comerciante Dirlando Domingos Tavares, 60 anos, que mora na região, disse que no verão a poeira é intensa com o trânsito de caminhões que buscam barro no Rio Branco, o que incomoda a idosos e crianças que sofrem com problemas respiratórios. “Os políticos não dão atenção ao bairro. Quando é época de chuva, tem muita lama, quando faz sol, a poeira sobe”, comentou.

A manicure Ivanilde Cruz dos Reis, 32 anos, mora há sete anos no bairro. “Tenho água porque fiz o poço, mas não há água encanada, nem sistema de esgoto. Quando algum vizinho precisa de água, eu disponibilizo, porque temos que nos ajudar”, disse. Outra moradora, que preferiu não se identificar, disse que vai à casa dos vizinhos buscar água. “Tenho muitas dificuldades para criar meus filhos porque não tenho condições de construir poço artesiano. Sempre tenho que pegar água com vizinhos ou buscar na escola”, disse.

GOVERNO – Em nota, o Governo do Estado informou que o Jardim das Copaíbas é uma ocupação irregular dentro do Distrito Industrial Aquilino Mota Duarte, área destinada exclusivamente para a produção industrial e não para moradias residenciais. “A situação está em fase de estudo de viabilidade pela Secretaria do Planejamento (Seplan) e o Instituto de Terras de Roraima (Iteraima), o que impossibilita a realização de obras de saneamento básico no local”, informou.

Segundo a nota, a Secretaria estadual de Educação (Seed) informou que as crianças e adolescentes são atendidos por instituições próximas. A escola Luiz Rittler de Lucena contempla alunos do ensino fundamental, médio e jovens e adultos. A escola Fagundes Varela, localizada no Bairro Nova Cidade, atende a alunos do ensino fundamental. “Ambas, estão dentro do raio de dois mil metros estabelecidos como distância que pode ser percorrida por um aluno, de acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA)”, assegurou.

Quanto à segurança, a Polícia Militar informou que as viaturas do Programa Ronda no Bairro estão presentes diariamente naquela área. “Quando a polícia é acionada por meio do telefone 190, o atendimento ocorre de acordo com o horário e a classificação da ocorrência quanto à sua gravidade. A presença de viaturas nos bairros considera as áreas de maior risco, conforme dados estatísticos da instituição, o que não é o caso do Distrito Industrial”, frisou.

PREFEITURA – A Folha entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Boa Vista via e-mail para obter um posicionamento e saber se há projetos para melhoria para as ruas do bairro, e foi informada que o Distrito Industrial é de responsabilidade do Governo do Estado, pela Seplan. (A.D)

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