Moradores da rua Francisco Custódio de Andrade, no bairro Tancredo Neves, zona Oeste de Boa Vista, reclamaram de uma lagoa de aproximadamente 50 metros de extensão que se formou na esquina daquela rua com a avenida Mário Homem de Melo. Com as chuvas, eles afirmam que o acúmulo de água é constante e que a situação é recorrente em todos os invernos.
Além de o tráfego de pessoas e de veículos ser dificultado, os moradores têm que conviver com uma pequena vala que passa em frente às suas casas, escavada pela Prefeitura Municipal como medida paliativa para que água escorra até a boca de lobo mais próxima, na esquina com a rua Leôncio Barbosa. As ruas próximas possuem sistema de drenagem. No entanto, a parte onde se formou a lagoa é baixa, impedindo que a água alcance a saída de escoamento mais próxima.
A solução apontada pelos moradores seria a abertura de uma boca de lobo no local da água acumulada e fazer uma tubulação de poucos metros até a drenagem mais próxima. “A lagoa se forma durante os invernos e nunca houve solução. A vala aberta só causou mais transtornos, porque além de não fazer a drenagem completa, ficamos com a água escorrendo em frente de nossas casas”, reclamou o morador José Genésio de Souza, 53 anos.
Ele disse que em anos anteriores a situação já era agravante, mas que piorou nos últimos invernos devido ao aumento de construções na rua. “Nos dias atuais a lagoa fica retida, mas o problema não são as construções de muros e casas, mas sim a falta de estrutura adequada para a drenagem”, complementou ao dizer que ouve falar em campanhas que é necessário evitar água empossada devido ao mosquito da dengue, o Aedes aegypti, mas que não entende o porquê daquela água parada na rua dia após dia.
As pessoas que transitam a pé pelo local têm que desviar da parte alagada com muita dificuldade, beirando os muros das casa. Em muitos pontos, não há espaço que não esteja encharcado. Para os motoristas, é praticamente impossível não sujar o veículo, ainda mais quando precisam tirar os carros das garagens, tendo que atravessar a vala com lama, que escorre em frente às casas.
A moradora Juscélia Gonçalves, de 18 anos, estava com o filho de colo quando se aproximava da lagoa para chegar em casa. Ela mora há 10 anos na rua e disse que a situação sempre foi a mesma. “A gente vai dando o jeito de passar até conseguir chegar. O melhor é que arrumem a situação, porque quando é no inverno, tem a lagoa, e quando é no verão, a poeira é intensa devido ao estado de deteriorização do asfalto depois de ter ficado embaixo d’água durante todo o inverno”, disse Juscélia.
O outro morador, Elias Vieira Souza, 32 anos, disse que todos os anos a população da rua reclama dos transtornos para a Prefeitura, mas o problema nunca foi solucionado. “Em todos os invernos reclamamos. Dizem que vão arrumar, que existe um projeto, mas nada foi feito”, protestou. Os moradores lembraram que pagam o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), e que possuem direito a benfeitorias, incluindo sistema de drenagem.
OUTRO LADO – Em nota, a Prefeitura de Boa Vista informou que enviará uma equipe da Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo até a rua Francisco Custódio de Andrade, no bairro Tancredo Neves, para verificar a situação e posteriormente tomar as providências cabíveis. (A.D)