Cotidiano

Moradores cobram melhorias na estrutura física de escola de Mutum

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Moradores da Vila Mutum, no Município de Uiramutã, na Região Nordeste do Estado, reclamaram da precariedade nas instalações físicas da Escola Estadual Tiradentes. Segundo eles, há goteiras, lousas quebradas, iluminação deficiente, falta de bebedouros e banheiros praticamente inutilizáveis devido à falta de manutenção. Além da necessidade de reforma no prédio onde estudam cerca de 50 alunos, a disponibilidade de merenda, material e professores foi citada como deficiente.

Outro motivo de reclamação por parte dos moradores que impede um melhor desempenho na educação da localidade é a inexistência de servidores para atuarem em alguns setores da escola. De acordo com as denúncias, não existem zeladores responsáveis pela limpeza das dependências. “Os alunos limpam a sala onde estudam. Também é preciso mais professores para substituírem aqueles que precisam faltar, evitando que as aulas sejam prejudicadas, como já aconteceu”, denunciou o morador e ex-aluno Davi Augustinho Costa, de 35 anos.

Quanto à falta de merenda escolar, ele disse que é um problema recorrente, assim como acontece com a distribuição de material escolar. Existem também dificuldades com o transporte escolar. “É fornecido aos alunos apenas mingau de arroz todos os dias, não há variedade”, reclamou Costa, ao frisar que não estão sendo distribuídos livros pedagógicos aos estudantes.

Costa falou também da urgente necessidade de reforma na escola, pois as condições caracterizam abandono. As paredes possuem mofo e pintura desgastada, portas de madeira estão quebradas, a iluminação é precária e há desgastes nas instalações hidráulica e elétrica, além do forro que ameaça desabar depois que foi queimado pela ação de vândalos, pondo em risco a integridade física dos que lá estudam e trabalham.

“Fezes de morcegos caem pelas brechas que há no forro. É difícil ver a escola que eu estudei nestas condições”, lamentou Costa, ao lembrar da necessidade da reimplantação de turmas para o Ensino Médio. “Fiz o ensino médio no final da década de 90 na escola, mas hoje em dia esse grau de ensino está extinto, o que faz com que muitos jovens deixem suas casas e suas famílias para estudarem em outras cidades, como Boa Vista”, complementou.

Outra moradora, que preferiu não se identificar, disse que há outras precariedades que comprometem a qualidade da educação, como pisos quebrados com grandes buracos, goteiras e banheiros praticamente inutilizáveis devido à falta de manutenção. “É uma situação que faz com que a gente pense em se mudar da cidade apenas para que nossos filhos possam estudar numa escola melhor conservada”, disse.

GOVERNO – Em nota, a Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seed) informou que a Escola Estadual Indígena Tiradentes está no cronograma de manutenção das escolas da rede estadual. “A previsão é que a equipe comece os trabalhos daqui a 30 dias”, afirmou.

Quanto à falta de professores, a nota esclarece que a necessidade da unidade é de somente um professor para disciplina de língua estrangeira, que já está sendo providenciado. “Sobre os servidores de serviço básico, a Seed já contratou servidor para desempenhar tal função na escola”.

Frisou ainda que foram entregues às escolas, entre os dias 5 e 31 de agosto, itens como açúcar, arroz, biscoito, extrato de tomate, feijão, farinha de mandioca, farinha de tapioca, milho branco, leite em pó, macarrão, óleo, sal, carne de sol, sardinha, suco, carne moída, carne de palheta, frango, abóbora e batata. “A próxima entrega está agendada para o dia 3 de outubro”.

Quanto ao material didático, esclarece que o gestor da escola deve ir até a Seed para fazer a solicitação dos materiais. Em seguida, ele recebe uma requisição para pegar os materiais na Divisão de Material. “Já para a volta do Ensino Médio, a escola precisa cumprir uma série de requisitos que constam nas diretrizes da Seed, além do Projeto Político Pedagógico (PPP), com parecer técnico e declaração de Adoção do Regimento Interno Unificado.

Esses documentos precisam ser entregues na secretaria, que fará a avaliação da necessidade”, informou.

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