Cotidiano

Ministério Público investiga abandono de prédios públicos

Algumas medidas já foram tomadas pelo governo para a utilização dos prédios abandonados. Uma delas é a afetação da antiga sede da Segad para uso da Aderr

Ministério Público investiga abandono de prédios públicos Ministério Público investiga abandono de prédios públicos Ministério Público investiga abandono de prédios públicos Ministério Público investiga abandono de prédios públicos

O Ministério Público Estadual publicou portaria, no Diário da Justiça Eletrônico (DJE), abrindo Procedimento Preparatório para apurar o abandono de prédios públicos pertencentes ao Governo do Estado e municípios. Conforme o MP, a medida foi tomada tanto a partir de denúncias feitas pela imprensa como das atividades de rotina da Promotoria de Defesa do Consumidor.

Nesse primeiro momento, o Ministério Público solicitou informações aos gestores públicos a respeito da situação desses imóveis e somente depois de levantadas todas as informações é que a Promotoria de Defesa do Patrimônio poderá tomar medidas legais para cada caso.

A FolhaWeb conversou com o coordenador de Logística do governo estadual, Janus Moreira, que é o setor responsável pelo patrimônio do Estado, e ele informou que um levantamento sobre os imóveis abandonados já foi feito no ano passado e algumas medidas já foram tomadas para resolver parte da situação.

Segundo ele, o levantamento da equipe identificou aproximadamente 30 prédios públicos que já foram sedes de secretarias estaduais e sedes de associações de bairros sob a responsabilidade do governo do estado.

De acordo com Moreira, ao apresentar o relatório à governadora Suely Campos (PP), a equipe apontou duas saídas para esses prédios. Uma delas é para os imóveis que ainda estão em condições de serem usados e para esses casos a equipe de logística sugeriu a reforma ou afetação para serem utilizados por outros órgãos públicos.

Já os prédios que não estão em estado de utilização, o governo vai regularizar a documentação desses imóveis para que eles possam ser leiloados. Segundo o coordenador, um dos imóveis que está deverá ir a leilão trata-se de um prédio localizado na avenida Sebastião Diniz, em frente ao Centro Comercial Caxambu, próximo ao banco Bradesco.

AFETAÇÃO
Janus Moreira adiantou à reportagem que alguns prédios sob a responsabilidade do governo deverão ser afetados e destinados a outros órgãos públicos do estado. Um desses imóveis trata-se do Latife Salomão que ficará sob a responsabilidade do Tribunal de Justiça de Roraima.

“Já temos um processo aberto e ele será destinado ao Tribunal de Justiça. Por enquanto, foi uma limpeza na área para não aumentar mais ainda os problemas de deterioração. E esse processo já está bem avançado”, informou Moreira.

Outro imóvel que está nessa mesma condição é a antiga da Secretaria Estadual de Administração (Segad). Segundo Moreira, existe também um processo aberto para afetação do prédio para a Agência de Defesa Agropecuária (Aderr), que hoje funciona em um imóvel alugado.

“A agência tem um recurso para começar a reformar esse prédio. Os dirigentes têm interesse em utilizar o prédio porque fica próximo da Secretaria de Agricultura, então para a logística da agência ficaria muito interessante pela proximidade com a Secretaria”, explicou.

REFORMAS
Outras medidas apontadas pelo coordenador de Logística são as reformas que já estão em andamento como os prédios da antiga Residência Médica e o antigo Boa Vista Shopping, ambos localizados na avenida Capitão Júlio Bezerra.

Ele lembrou que a antiga Residência está sendo reformada para se transformar no Centro de Referência da Mulher. “Então o Centro sai de dentro da Maternidade, que por sua vez ganha mais espaço e o Centro de Referência vai para a Capitão Júlio Bezerra”, disse, ressaltando que a reforma está sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).

Já a reforma do antigo Boa Vista Shopping acontece para abrigar a nova sede da Secretaria de Administração (Segad). Também é um prédio que terá destinação e que já está definida essa destinação. Outros casos, por exemplo, como a Casa de Cultura e o Teatro Carlos Gomes, o governo vai buscar convênios junto ao Ministério da Cultura para reformar também”, concluiu.

 

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.