Após o Estado decretar situação de emergência em saúde pública no último dia 6 de dezembro, o Ministério da Saúde (MS) enviará uma equipe a Roraima para definir estratégias de atendimento à população venezuelana.
As discussões iniciam na próxima segunda-feira (19) no Encontro para Construção de Estratégias de Promoção de Cuidado à População Migrante em Roraima.
De acordo com a SGEP (Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa) do Ministério da Saúde, serão discutidas ações de emergência a serem implantadas no Estado e estratégias para promover o atendimento à demanda advinda da Venezuela, sem prejudicar o atendimento à população de maneira geral.
O diálogo com o Ministério vem sendo realizado desde o início do ano, segundo a coordenadora geral de Vigilância em Saúde, Daniela Souza.
“O decreto somente acelerou esse processo. Nós os mantínhamos informados sobre tudo que acontecia no Estado, em relação à rede de saúde pública de Roraima e agora, com o decreto de emergência, esperamos que o governo federal possa nos ajudar a prestar um atendimento de maior qualidade tanto para venezuelanos quanto brasileiros”, explicou.
A governadora Suely Campos decretou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), no último dia 6 de dezembro, nos municípios de Pacaraima e Boa Vista, em decorrência dos impactos ocasionados no SUS (Sistema Único de Saúde) pelo intenso e constante fluxo migratório.
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Desde então, o Gabinete Integrado de Gestão Migratória, por meio da Comissão de Saúde, trabalhou na elaboração do Plano de Resposta à Emergência em Saúde Pública, que será repassado para o Ministério da Saúde.
“O plano contém informações detalhadas sobre a as unidades estaduais afetadas pela grande demanda, para que possamos decidir quais medidas serão adotadas”, destacou Daniela.
PROGRAMAÇÃO – Conforme a programação preliminar, as discussões devem iniciar às 10 horas, no Aipana Plaza Hotel, quando a Coordenação Geral de Vigilância em Saúde da Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) fará uma apresentação sobre a situação da migração no Estado.
Em seguida, a Defesa Civil abordará o desafio das fronteiras para a saúde, segurança e demais políticas sociais. Será debatida ainda a gestão participativa como ferramenta para promoção da saúde e mediação de conflitos.
No período da tarde, serão realizados grupos de trabalho para definição das estratégias e, após isso, serão feitas as avaliações e encaminhamentos.
