FORÇAS ARMADAS

Operação pretende medir nível de mercúrio nos rios que passam pela TI Yanomami

A ação, que deve ser realizada pelo Ibama, dentro da Operação, também tem planejamento de um trabalho para recuperação ambiental

Operação pretende medir nível de mercúrio nos rios que passam pela TI Yanomami Operação pretende medir nível de mercúrio nos rios que passam pela TI Yanomami Operação pretende medir nível de mercúrio nos rios que passam pela TI Yanomami Operação pretende medir nível de mercúrio nos rios que passam pela TI Yanomami
A informação foi passada durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (27), no auditório do 6º BEC. (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)
A informação foi passada durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (27), no auditório do 6º BEC. (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)

A Operação Ágata Fronteira Norte deve realizar um diagnóstico do nível de mercúrio nos rios que passam pela Terra Indígena Yanomami. A informação foi passada pelo superintendente do Ibama em Roraima, Diego Milleo Bueno durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (27), no auditório do 6º Batalhão de Engenharia de Construção (6º BEC).

Segundo ele, a previsão é de que, no segundo semestre, haja um levantamento nos rios da região para medir o nível de contaminação por mercúrio. A ação, que deve ser realizada pelo Ibama, dentro da Operação, também tem planejamento de um trabalho para recuperação ambiental.

“Nós vamos fazer ações e levantamentos em campo para fazer o diagnóstico de como fazer as medidas medicatórias para promover a recuperação ambiental. É sabido que cratera de 20, 30 metros de profundidade, às vezes com dois ou três hectares de tamanho na margem do rio, é difícil a recuperação. Mas a natureza, se a gente deixar agir, com o tempo, tende a se recuperar. Mas o Ibama está estudando medidas para evitar a contaminação com o mercúrio”, disse Bueno.

O planejamento já estaria pronto, segundo Bueno, mas as ações ainda não foram executadas devido o período de inverno de Roraima. Por isso, a previsão é somente para o segundo semestre.

O superintendente ainda afirmou e reforçou que o diagnóstico permitirá saber qual foi o nível de contaminação desde o lançamento do mercúrio pela atividade garimpeira. “A cobertura já foi derramada. Então já existe o mercúrio na área e mesmo que o garimpo acabe, ainda pode ter contaminação do percurso do rio ao longo do tempo”.

Resultados

No geral, a Operação de apoio aos Yanomami já registrou o transporte de 270 indígenas, mais de 2.400 atendimentos médicos e mais de 23 mil cestas básicas entregues. No suporte das ações que também envolvem a retirada de garimpeiros, 1.460 agentes foram transportados para a região, mais de 661 mil quilos de carga transportada e 5.200 horas de voo.

Recentemente, as Forças Armadas registraram o lançamento de 500 toneladas de cargas, que se tornou o maior lançamento da história. Também registraram a milésima carga lançada.

O Comando Conjunto da Operação Ágata Fronteira Norte também registrou o lançamento da carga de número 1.000. (Foto: reprodução/FAB)

Durante a apresentação dos resultados, o Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha, informou que desde o início da Operação, de janeiro a junho de 2023, é possível notar as áreas onde foram desocupadas estão se recuperando. Como também, a turbidez da água está menor.

Projeção

A Operação Ágata Fronteira Norte, coordenada por um grupo de trabalho interministerial do governo federal, assumiu as atribuições da Operação Yanomami. Assim, há o aumento das ações preventivas e repressivas na faixa de fronteira terrestre e nos rios da TIY, além de coibir o garimpo ilegal na reserva indígena dentro de Roraima.

Por isso, como segue os decretos oficiais, a projeção de atuação da Operação é indeterminada até que a missão seja cumprida.

Na apresentação dos dados, estiveram presentes representantes do Exército, Força Aérea Brasileira, Marinha do Brasil, Ibama, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal.

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