O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) realizou uma visita técnica ao Polo Base Ericó, no município de Amajari (RR), para acompanhar a coleta de amostras de água, sedimentos e peixes da região da Terra Indígena Yanomami. A ação realizada nessa terça-feira (29) faz parte do Projeto Rede de Monitoramento Ambiental da Terra Indígena Yanomami e Alto Amazonas. Este projeto é voltado para avaliar os impactos da contaminação por mercúrio, especialmente os provocados pelo garimpo ilegal.
Durante a visita, o MMA foi representado pelo secretário nacional de Meio Ambiente Urbano, Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental, Adalberto Maluf, e pela diretora de Qualidade Ambiental, Thaianne Resende. A equipe acompanhou o trabalho de técnicos responsáveis pela coleta. Este trabalho será repetido em três campanhas em 26 pontos do território Yanomami. Também será realizado em 15 pontos de unidades de conservação federais da região. O projeto, iniciado em novembro de 2023, segue até 2027.
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As amostras recolhidas serão analisadas para verificar a presença de mercúrio, metal tóxico que pode afetar a saúde humana e os ecossistemas. Segundo Maluf, o monitoramento visa proteger a segurança hídrica e alimentar dos Yanomami e fortalecer o enfrentamento aos crimes ambientais.
“Essas ações são fundamentais para garantir a segurança hídrica e alimentar dos Yanomami, além de combater crimes ambientais que impactam o equilíbrio ambiental e climático. A devolutiva prioritária às comunidades reforça nosso compromisso com os direitos indígenas e seu desenvolvimento econômico e social”, afirmou.
O programa é coordenado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e financiado inicialmente com R$ 2,2 milhões pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Também participam a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Ministério dos Povos Indígenas. A divulgação dos dados seguirá um protocolo de consulta prévia. Os dados terão tradução e apresentação em linguagem acessível às comunidades Yanomami antes da liberação pública.
“Estamos adotando um protocolo que prioriza o direito à informação das populações diretamente afetadas”, explicou Thaianne Resende.
Expansão para outras regiões
Além do território Yanomami, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima informou que, em 2025, será firmado um Termo de Execução