ESTADO DE EMERGÊNCIA

Incêndios atingem Amajari e defesa civil do município relata dificuldades

Na última segunda-feira (12), uma ponte na vicinal que dá acesso ao Projeto de Assentamento Amajari foi consumida por fogo

 A prefeitura decretou emergência no dia 18 de janeiro após seca esvaziar água e inviabilizar 70% da economia. (Foto: reprodução/vídeo)
A prefeitura decretou emergência no dia 18 de janeiro após seca esvaziar água e inviabilizar 70% da economia. (Foto: reprodução/vídeo)

Após mais um incêndio em Amajari, áudios da Defesa Civil do município, obtidos pela FolhaBV, descreveram as dificuldades no enfrentamento da seca que assola a região e Roraima.

Na última segunda-feira (12), a ponte do sal, na vicinal que dá acesso ao Projeto de Assentamento Amajari, foi consumida por fogo. Segundo relatos, a parte mais alta Serra do Tepequém, o acostamento da RR 205 e as plantações dos produtores rurais também sentiram os efeitos da alta temperatura.

Após cobrança dos agricultores, uma servidora da Defesa Civil de Amajari relata, por áudios, que sabem da realidade do município, que os brigadistas locais estão trabalhando e que continuam esperando resposta do reconhecimento do governo federal. A prefeitura decretou emergência no dia 18 de janeiro após seca esvaziar água e inviabilizar 70% da economia.

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“Até ontem, de toda a documentação que a gente enviou no mês de janeiro, ainda está em análise. O governo federal, até o momento, ainda não analisou e de recurso ainda não recebemos nenhum. Mas estamos esperando, trabalhando, a gente não parou, o município não parou. Infelizmente, a gente não pode estar em todas as áreas que estão pegando fogo”, diz a brigadista.

Ainda segundo ela, com o recurso enviado pelo governo federal haveria possibilidade de contratar “pelo menos três ou quatro brigadistas para trabalhar durante esse período que está ruim”. Pois, a falta de brigadistas é o que estaria impossibilitando o melhor combate.

“Com os brigadistas nas localidades, eles já estão ali de prontidão. Quando a gente chega, o fogo está no início, está muito fácil de controlar. O que se agravou mais esse ano foi a falta dos brigadistas. Eles são capacitados, treinados para combater incêndio. E aí, sem eles, o estado todo está em fogo”, finaliza.

A servidora ainda descreve que a Defesa Civil têm acompanhado o fluxo de incêndios florestais no município, que havia previsão de que as queimadas intensificassem e por isso, duas equipes do Corpo de Bombeiros foram enviadas para auxiliar no combate.

Estado de emergência

Há uma semana o município de Normandia também decretou estado de emergência devido estiagem. No dia 08 deste mês, o Ministério de Meio Ambiente declarou estado de emergência ambiental em diversas regiões do Brasil.

Em Roraima, o período de emergência foi declarado entre setembro de 2024 até abril de 2025. O estado já está sob alerta do ministério até abril de 2024 para incêndios florestais.