OPERAÇÃO CATRIMANI

Desintrusão do garimpo em Terra Yanomami é próximo passo, diz Diretor da Casa de Governo

Nilton Tubino esteve em coletiva de imprensa sobre os resultados da primeira fase das ações aos povos indígenas

Nilton Tubino assumiu a direção da Casa de Governo na implantação, em fevereiro. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Nilton Tubino assumiu a direção da Casa de Governo na implantação, em fevereiro. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A desintrusão do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami é um dos próximos passos, segundo o diretor da Casa de Governo de Roraima, Nilton Tubino. A informação foi dada nesta terça-feira (26) durante a apresentação dos resultados do Comando Operacional Conjunto Catrimani, que finalizou a primeira fase das ações de apoio logístico aos povos indígenas.

No 6º Batalhão de Engenharia de Construção do Exército Brasileiro, Tubino reforçou que com a implantação da Casa, há menos de um mês, as ações serão mais estruturantes. O foco será a desintrusão do garimpo na área indígena, mas também o apoio na Educação, Saúde e reestabelecimento dos povos da região.

“O objetivo a partir de agora, fechada essa etapa, é a gente se debruçar em um planejamento estratégico para a retirada dos garimpeiros, mas também da retomada do território do povo Yanomami. Esse vai o nosso trabalho a partir de agora, e não só nós da Casa de Governo, mas da coordenação da operação que tem 15 ministérios”, disse o diretor.

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Primeira fase finalizada

A etapa finalizada foi a entrega de 15 mil cestas básicas aos povos na Terra Yanomami seguindo a Portaria n° 263, de 16 de janeiro de 2024, do Ministério da Defesa (MD). Os resultados apresentados pelo o Chefe do Estado-Maior do Comando Operacional Conjunto Catrimani, Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel, mostraram o saldo positivo da ação diante da dificuldade de acesso à região.

“Foram 680 mil quilômetros percorridos. Esse número demonstra exatamente o nível e a quantidade de deslocamentos que a gente fez. Esses 680 mil km permitem que a gente faça 17 voltas em torno da terra. Alguém pode até pensar que é pouco, mas essa distância muitas vezes foi cumprida de helicóptero e com aeronaves com velocidade bem reduzida”, comentou o brigadeiro.

Da esquerda para a direita, Marcos Kaingang, secretário Nacional de Direitos Territoriais Indígenas do MPI; Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel; Comandante do Comando Militar da Amazônia, General Costa Neves; Diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino; e a coordenadora da Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami e Ye’kuana, Elayne Rodrigues Maciel. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Em outros números, o Comando Conjunto realizou o transporte de 330 toneladas de cestas, em 2.400 horas com a utilização de 1,1 milhão de litros de combustível. Ainda foram realizadas 5 evacuações médicas e três apoios à Polícia Federal e Polícia Civil, nesse último para resgates de corpos de garimpeiros.

Entrega de cestas

A entrega de cestas básicas continuarão a ser realizadas, segundo o Marcos Kaingang, do Ministério dos Povos Indígenas, porém com contratação da aviação civil. O secretário ainda ressaltou que essa logística não será de tempo indeterminado e será definida de acordo com conversas e necessidades das comunidades.