CAPACITAÇÃO

Brigadistas indígenas aprimoram técnicas de controle do fogo para combater incêndios florestais

A oficina reuniu 85 brigadistas das etnias Xirixana/Yanomami, Macuxi, Wapichana e Yekuana, que receberam capacitação prática e teórica

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A oficina foi realizada em quatro bases, localizadas em diferentes territórios do estado. Foto: Ibama-RR
A oficina foi realizada em quatro bases, localizadas em diferentes territórios do estado. Foto: Ibama-RR

Indígenas de diferentes etnias de Roraima participaram da 1ª Oficina de Educação Ambiental em Manejo Integrado do Fogo (MIF), promovida pelo promovida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O evento reuniu 85 brigadistas das etnias Xirixana/Yanomami, Macuxi, Wapichana e Yekuana, que receberam capacitação prática e teórica para aprimorar o controle do fogo de maneira controlada e segura, com o objetivo de prevenir e combater incêndios florestais na região.

A oficina foi realizada em quatro bases, localizadas em diferentes territórios do estado, e incluiu visitas de campo, aulas teóricas e trocas de saberes tradicionais. Além de aprenderem sobre técnicas como a queima prescrita e controlada, os participantes reforçaram a importância da colaboração entre conhecimentos tradicionais e modernos para proteger os ecossistemas.

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Segundo o coordenador da oficina, Ricardo Ayres, a iniciativa visa sensibilizar as comunidades sobre os impactos do uso inadequado do fogo, promovendo ações educativas para prevenir queimadas não autorizadas. A oficina foi traduzido para as línguas nativas.

“Criamos um espaço pedagógico coletivo, onde o aprendizado ocorre de maneira colaborativa e empática. A educação ambiental pode ser uma das principais ferramentas para sensibilizar e capacitar os indígenas, capacitando-os para monitorar, prevenir e combater incêndios florestais”, disse.

Impacto pessoal

Os eventos traumáticos de queimadas motivaram a criação de brigadas indígenas, como a Brigada Yanomami, para prevenir a destruição de seus territórios.

“Eu entrei no Prevfogo depois de perder minha casa em um incêndio. Vi toda a floresta ao redor ser destruída, e a fauna local também foi afetada. Não queria mais ver isso acontecer, por isso me juntei à brigada”, foi o que relatou Denilson Xirixana.

Ao final da oficina, segundo o Ibama, os brigadistas elaboraram um Plano de Ações Educativas, que será implementado em suas comunidades, promovendo a conscientização sobre o uso do fogo e suas consequências, ao mesmo tempo em que respeitam os calendários de queima prescrita e controlada.

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