Cotidiano

Medidas anunciadas por Temer já haviam sido cobradas pela governadora de Roraima

Na ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), o pedido principal ao governo federal é que a União faça o efetivo controle policial, de imigração e sanitário da fronteira

Medidas anunciadas por Temer já haviam sido cobradas pela governadora de Roraima Medidas anunciadas por Temer já haviam sido cobradas pela governadora de Roraima Medidas anunciadas por Temer já haviam sido cobradas pela governadora de Roraima Medidas anunciadas por Temer já haviam sido cobradas pela governadora de Roraima

As medidas anunciadas neste domingo, 19, pelo governo federal, sobre a crise migratória em Roraima, foram solicitadas pela governadora Suely Campos desde 2016, inclusive a expedição de decreto para garantia da lei e da ordem que o presidente Michel Temer, somente hoje, se colocou à disposição para assinar, se houver “solicitação expressa da Senhora Governadora do Estado”. A construção do Linhão de Tucuruí é outro pedido recorrente em documentos e audiências em Brasília.

“Nós, que estamos vivenciando essa crise, apontamos essas e outras soluções em ofícios enviados a Brasília. Infelizmente, foi preciso um episódio de violência para o governo federal entender que precisa enfrentar o problema de forma mais efetiva. Se implementadas, com certeza vão aliviar os impactos para nossa população, mas não resolvem o problema. Na saúde, que hoje sofre o maior impacto da imigração, pois nos primeiros seis meses deste ano o número de atendimentos, cirurgias e internações de venezuelanos já superou o que foi registrado em 2017, a grande necessidade não é de profissionais, mas de medicamentos e de leitos. O presidente Temer precisa implantar o Hospital de Campanha prometido quando esteve aqui no Carnaval”, disse a governadora.

A necessária solicitação expressa (por escrito), conforme menciona Nota à Imprensa divulgada após a reunião de cinco horas do presidente com seus ministros, foi enviada pela governadora e recebida pelo Palácio do Planalto no dia 8 de agosto de 2017, um ano antes da explosão da violência em Pacaraima. Ofícios com igual pedido foram protocolados na mesma data no Ministério da Defesa e no Ministério da Justiça. Além disso, Suely Campos telefonou ao presidente Michel Temer no dia 8 de agosto, informando o clima de tensão na fronteira com a Venezuela e o aumento da criminalidade na região.

A governadora de Roraima também solicitou através de ofícios – foram pelo menos dez documentos enviados a Brasília – mais médicos; intensificação da interiorização, que atendeu apenas 820 venezuelanos até agora; acolhimento aos imigrantes que se encontram nas ruas em situação de vulnerabilidade e mendicância, e reforço da Força Nacional de Segurança. Este último pedido, por sinal foi, novamente, oficializado ao governo federal na última sexta-feira.

Roraima vem solicitando ainda o aporte de R$ 184 milhões, a título de ressarcimento dos gastos já efetuados pelo estado, para comprar remédios, materiais para realizar cirurgias, aparelhar as polícias para enfrentar a onda de violência, e garantir educação para alunos estrangeiros. É uma quantia significativa para Roraima, mas irrisória para a União. A intervenção militar na segurança pública do Rio de Janeiro, por exemplo, foi orçada em R$ 3,2 bilhões e os recursos estão sendo alocados como crédito extraordinário.

Na ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), o pedido principal ao governo federal é que a União faça o efetivo controle policial, de imigração e sanitário da fronteira; que compense os gastos já efetuados pelo estado para atender os imigrantes e que aporte recursos extras para financiar os impactos na saúde, na educação e na segurança pública decorrentes do atendimento a imigrantes, por serem atribuições constitucionais da União.

TUCURUÍ – A questão energética de Roraima é outro tema recorrente da agenda da governadora Suely Campos em Brasília. Os pedidos para construção do linhão entre Manaus (AM) e Boa Vista foram temas de audiências com o presidente Michel Temer e os ministros de Minas e Energias que passaram pelo governo.

“Além disso, ajuizamos outra ação no STF sobre essa questão e espero que agora esse projeto, imprescindível para o desenvolvimento do nosso estado, saia do papel”, finalizou Suely Campos.

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