Cotidiano

Material hospitalar é descartado de forma incorreta no HGR

Preocupação é que um incidente de contato com material infectado, um corte ou furada com a agulha, por exemplo, possa implicar a transmissão de doenças crônicas e letais

Com informações de Raísa Carvalho

Pacientes e profissionais da saúde correm risco de contaminação devido à exposição incorreta de material biológico no Hospital Geral de Roraima (HGR), revelou denúncia feita nesta sexta-feira, 05, à Folhaweb.

De acordo com o relato, o descarte de seringas, agulhas e demais materiais estão sendo dispostos em caixa de papelão comum, quando deveria ser feita em uma específica. Normalmente, o tipo utilizado no ramo da saúde é o modelo “descarpack”, na cor amarela e com símbolos de infectante e perigo, para alertar do risco de contaminação.

A preocupação é que um acidente de contato com material infectado, no caso de corte ou furada com a agulha, pode implicar na transmissão de doenças crônicas e letais como: hepatite, síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), malária, herpes simples, entre outros.

Conforme o denunciante, que preferiu não se identificar, a situação já acontece há algum tempo. “A caixa popularmente conhecida como ‘descarpak’ não existe no hospital há tempo. Questionei uma técnica e ela confirmou que essa situação é corriqueira”, informou.

O denunciante reforçou que é preciso atenção dos órgãos responsáveis por essa situação, como a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) e da Vigilância Sanitária. O mesmo afirma que também denunciou a entrar em contato com o Conselho Regional de Enfermagem de Roraima (Coren-RR).

“A direção do hospital e a chefia de enfermagem são os responsáveis diretos pelo descaso. As características do ambiente hospitalar, maior campo de atuação do pessoal de enfermagem e as peculiaridades das atividades executadas tem sido responsáveis por inúmeros acidentes de trabalho, embora muitas vezes não notificados”, complementou.

SESAU – Em nota, a Sesau esclarece que a unidade segue as normas atendidas dentro dos padrões recomendados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Ministério da Saúde (MS).

“Vale ressaltar que a Sesau possui um contrato com uma empresa especializada no descarte desse tipo de material, e que o serviço está sendo realizado normalmente”, completou a nota.