Cotidiano

Manifestantes pedem exoneração de PM que assassinou três pessoas

Manifestantes pedem exoneração de PM que assassinou três pessoas Manifestantes pedem exoneração de PM que assassinou três pessoas Manifestantes pedem exoneração de PM que assassinou três pessoas Manifestantes pedem exoneração de PM que assassinou três pessoas

Amigos e familiares das vítimas do assassinato de pai e filha, cometido na segunda-feira por um soldado policial militar, se reuniram, na tarde desta sexta-feira, em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, na Praça do Centro Cívico, e caminharam até o Comando de Policiamento da Capital (CPC) da Polícia Militar. A finalidade foi protestar contra os crimes que abalaram a população e cobrar celeridade no processo de exoneração e prisão do policial responsável pelos homicídios.

O sobrinho de duas das vítimas, Rony Mesquita, disse que a família está dando ênfase ao caso para que o processo administrativo para a expulsão do policial seja concluído o mais rápido possível. “Por este caminho, o indivíduo deve ser excluso da Corporação e deixe de ser um policial, para ser julgado como cidadão comum. A Justiça está sendo feita, pois ele está detido. O que esperamos é que seja encaminhado para cárcere. É o que pedimos de imediato”, disse.

A professora Nira Jane, que sofre com a morte do marido Eliésio Oliveira e da filha Jannyele Filgueiras, disse que tem esperança que o responsável pelos assassinatos seja punido. “Pedimos agilidade no processo. Esse bandido precisa ser excluído da polícia e tratado como qualquer cidadão que comete um crime. Que justiça seja feita”, comentou, emocionada.

Durante o protesto, muitos PMs estavam presentes usando fitas branca e preta em protesto e solidariedade às vítimas do assassinato. O comandante-geral da PM, coronel Dagoberto Gonçalves, se pronunciou. “Ele será punido na forma da lei. Os procedimentos legais estão sendo efetuados. Na segunda-feira, será publicada a abertura do procedimento, no Diário Oficial. A partir daí, começam os trabalhos para ouvir a defesa. Serão 30 dias para conclusão. Caso a defesa tenha algo a recorrer, pode ser prorrogado por mais 15 dias”, explicou.

“Em nome de toda a Corporação lamento o ocorrido. Estamos aqui para solidarizar junto aos familiares e amigos. Repudio o ato cometido pelo soldado que manchou a imagem da instituição. Em 40 anos de PM, nunca vivi um momento como este. Foi um dia negro na história de Roraima”, frisou Gonçalves.

Manifestantes caminharam até o quartel da PM

A caminhada até a sede do Comando de Policiamento da Capital (CPC), onde o policial está preso, foi marcada por emoção. Uma viatura da Polícia Militar foi à frente dos manifestantes. Policiais militares caminharam de cabeça baixa, em sinal de protesto.

Os manifestantes carregavam cartazes com frases de protesto e balões nas cores preta e branca, simbolizando luto e pedido de paz. Na frente do quartel, todos deram as mãos durante uma oração e pedido de justiça.

Triplo homicídio foi planejado pelo policial

Na manhã de segunda-feira, o policial Felipe Quadros, 22 anos, ficou de tocaia na esquina da casa da família, no bairro Pricumã, e assassinou pai e filha no portão de casa, quando a fisioterapeuta Jannyele saía de carro para o trabalho.

Da esquina onde estava observando o movimento, o policial acelerou o seu carro e colidiu na lateral do carro de Jannyele. Nesse momento, o pai da fisioterapeuta saiu e foi ao encontro do policial na porta do carro dele. O militar atirou na barriga de Eliésio que, já caído ao chão, foi executado com tiros na cabeça. Em seguida, o policial se dirigiu para o carro da fisioterapeuta e a executou também com tiros na cabeça.

Em seguida, ele saiu em direção ao bairro Caimbé, onde matou também o empresário do ramo de locação de veículo, Ernane Rodrigues, no portão da casa dele. Depois do triplo homicídio, o policial ficou foragido por 12 horas, quando se entregou no quartel da Polícia Militar.

O policial homicida confirmou ter matado pai e filha por eles terem ajudado sua ex-namorada, a qual foi embora para o Estado do Pará e era vítima constante de violência. Disse que matou o empresário porque estava devendo dinheiro para ele, sem entrar em detalhes.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.