Cotidiano

Mais de 40 processos já foram analisados em mutirão carcerário

Mais de 40 processos já foram analisados em mutirão carcerário Mais de 40 processos já foram analisados em mutirão carcerário Mais de 40 processos já foram analisados em mutirão carcerário Mais de 40 processos já foram analisados em mutirão carcerário

Quarenta e três processos de presos provisórios da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc), maior unidade prisional do Estado, foram analisados durante os primeiros dias do mutirão carcerário, realizado em parceria entre a Defensoria Pública do Estado (DPE), Tribunal de Justiça (TJ) e Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR). A ação vem sendo realizada desde a semana passada e a meta é atingir 75 processos analisados até esta quarta-feira, 15, quando os trabalhos em conjunto serão finalizados.

O mutirão carcerário é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e tem como objetivo revisar processos de prisões decretadas para verificar se o detento está apto ou não a responder em liberdade. Segundo o defensor público Eduardo Bruno de Figueiredo, em regra, a prisão só deve ocorrer após a condenação, quando não houver mais recursos. Ele disse que a ação visa assegurar tanto o direito da sociedade quanto o do réu, conforme determina a Constituição Federal.

“Analisaremos cuidadosamente a situação de cada preventivado, observando se há necessidade de mantê-los presos ou não, evitando a superlotação na unidade prisional. Porém, serão soltos apenas aqueles que não apresentarem risco nenhum à sociedade” afirmou Figueiredo.

Ele informou que estão sendo analisados processos de crime de homicídios presentes na 2ª Vara do Júri e são verificados alguns critérios antes da emissão ou não do alvará de soltura. “É estudado como o crime foi cometido, se o preso responde por outros processos, se possui residência fixa, entre outros. Realiza-se toda uma análise do perfil para saber se o detento é uma pessoa violenta”, esclareceu.

“Com o nosso trabalho, o ordenamento jurídico e a Constituição estão sendo respeitados, porque a prisão deve ser a última medida adotada. A regra diz que a pessoa deve ser presa somente depois do processo encerrado. Responder ao processo estando preso é uma exceção. Assim garantimos a dignidade da pessoa humana e o direito que possui constitucionalmente de responder em liberdade. A análise está sendo feita em conjunto para que não haja equívocos, proporcionando ainda celeridade nas decisões dos processos”, frisou.

O juiz Jaime PláPujades mencionou que o objetivo é fazer com que as varas do Júri façam o controle e análise da necessidade de prisões preventivas dos acusados que não foram julgados. “Anualmente promovemos esse mutirão em uma união conjunta entre Defensoria Pública, Ministério Público e Judiciário para ver a situação de cada preso”, complementou. (A.D)

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