Ao todo, 272 malhadeiras de pesca foram apreendidas e destruídas em uma fiscalização intensificada para coibir a pesca irregular no Rio Branco. A ação iniciou no dia 16 de junho e foi realizada em razão do final do período do defeso pela Divisão de Fiscalização Ambiental da Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), com apoio da Cipa (Companhia Independente de Polícia Ambiental) da Polícia Militar de Roraima.
As redes estavam sendo utilizadas em áreas de igapó e descaídas ao longo do rio, principalmente em trechos da Corredeira do Bem Querer, no município de Iracema, e nas proximidades da comunidade Vista Alegre, onde, segundo a Femarh, há alta incidência de pesca irregular nesse período. Este ano, a fiscalização contou com o uso de drones para sobrevoar lagos e áreas alagadas, facilitando a localização dos equipamentos escondidos.
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“Estamos quase no fim da piracema e obtendo bons resultados, com a apreensão de várias malhadeiras. O trabalho tem sido satisfatório, pois percebemos que as pessoas estão cada vez mais conscientes sobre a importância de respeitar as leis ambientais”, destacou o analista ambiental da Femarh, Pedro Milton.
Período de Piracema e a Legislação Ambiental
A piracema, ou defeso, é o período do ano em que os peixes sobem os rios para reprodução. Em Roraima, essa fase vai de 1º de março até esta segunda-feira (30). A legislação ambiental proíbe a pesca nesse intervalo como forma de garantir a preservação dos estoques pesqueiros.
As malhadeiras apreendidas foram destruídas por incineração, conforme determina a Lei nº 9.605/1998, que trata de crimes ambientais contra a fauna, incluindo a pesca irregular, o comércio de animais silvestres e maus-tratos.