Cotidiano

Mães enfrentam demora no atendimento no Hospital da Criança Santo Antônio

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O Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA), no bairro 13 de Setembro, zona Oeste de Boa Vista, foi alvo de reclamações sobre demora no atendimento, superlotação na fila de espera e poucos médicos disponíveis, principalmente aos fins de semana.  Conforme a Prefeitura, o problema ocorreu porque o único aparelho de bioquímica da unidade precisou passar por manutenção.

A professora Mayara Fernanda Leal havia chegado às 7h para entregar os exames de sangue e urina de sua filha de 3 anos, que está com febre. Às 11h, quando ela conversou com a Folha, ainda aguardava o resultado do procedimento, o que costuma acontecer em até uma hora depois da entrega.

Foi dito à Mayara Leal que há apenas um bioquímico trabalhando neste horário e que ele não estava no prédio. “Tem muitas crianças e não chamam nenhuma. Estamos em jejum, com risco de desmaiarmos. Eu saí para comprar algo e os lanches por aqui não são adequados para ela. Se eles tivessem dito que ia demorar mais de três horas, eu teria lanchado em outro lugar com minha filha”, reclamou.

A professora já havia sentido o problema no dia 11, quando a criança fez a primeira consulta queixando-se de febre. “A médica passou antibiótico sem pedir exame, justamente por essa dificuldade em fazê-lo. Além disso, já procurei todas as farmácias do município e não encontro o Azitromicina, um antibiótico muito bom que uso nela”, disse Mayara, que retornou na manhã de ontem porque a menina voltou a se sentir mal. “É um absurdo esse atendimento. Acabou a eleição e aí voltou o descaso, porque na época de campanha estava ótimo”, desabafou.

A estudante Carolina Cruz, que estava sentada na sala de espera com um menino sentindo febre, também reclamou. “Eu estou há mais de duas horas esperando, sendo que nas outras vezes foi rapidinho, questão de meia hora. Não está normal o atendimento. Nas outras vezes eram mais de três médicos atendendo.”

PREFERÊNCIA – Algumas pessoas na sala de espera do hospital preferiam estar ali do que em unidades de saúde nos bairros. A dona de casa Ana Kelly levou seu filho para fazer o exame de sangue e urina. “Não estamos esperando há muito tempo, mas está lotado aqui, o que é normal”, afirmou.

A assistente Edilai Alexandre aguardava a sua vez há 30 minutos. Apesar de ter sido recomendada pelos funcionários do Hospital da Criança a procurar o posto de saúde Olenka Macellaro, no bairro Caimbé, zona Oeste, decidiu ir ao HCSA. “Lá no Olenka é 24 horas, mas é preciso pegar uma ficha à noite para retornar de manhã. Então viemos para cá”, disse.

Luciana Dias Barroso, que acompanhava a mãe de um bebê de um mês de idade, também havia ido ao posto de saúde Olenka Macellaro. “Lá é para todas as idades e especialidades, aqui é só pediatra. A bebê está com febre”, disse a mulher, que havia acabado de chegar.

PREFEITURA – A Secretaria Municipal de Saúde explicou que o problema se deu por causa do único aparelho de bioquímica do Hospital da Criança, que precisou passar por manutenção das 7h às 7h40 de ontem, atrasando a liberação dos resultados dos exames. Segundo a Secretaria, a situação já foi normalizada. Quanto à quantidade de médicos nos fins de semana, informou que são cinco profissionais durante o dia e quatro à noite.

Sobre o remédio Azitromicina, informo que está em falta e que foi licitado pela Secretaria Municipal de Saúde. O órgão recomenda que a Atenção Farmacêutica possui outros antibióticos, como o Cefalexina e o Amoxacilina.

“Atendendo, em média, 700 crianças por mês, o Hospital Infantil Santo Antônio é a única referência do Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento infantil em Roraima. A unidade recebe crianças de todos os municípios do Estado e ainda de outros países como Venezuela e Guiana. Dos atendimentos feitos na unidade, mais de 40% são de pacientes que não moram em Boa Vista e, mesmo vindo de outras localidades, são prontamente atendidos”, diz a nota. (NW)

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