A mãe de um menino de 6 anos, diagnosticado com autismo e epilepsia, entrou em contato com a FolhaBV para denunciar que o filho estaria sofrendo maus-tratos na escola municipal Raio de Sol, no bairro Nova Cidade. De acordo com as informações da mulher, a criança estaria sendo vítima de agressões físicas e psicológicas.
A mãe, que prefere não se identificar, relatou que as agressões teriam ocorrido por parte dos professores, cuidadores e até mesmo colegas de sala. Segundo ela, esses eventos vêm acontecendo há um mês e meio.
“Já tem um histórico de várias situações chatas, em maio, o meu filho teve a orelha puxada por um professor chegou até ser afastado, mas logo depois voltou a atuar. Eu procurei a escola mas não adiantou nada”, relatou a denunciante.
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De acordo com a mãe, o menino já teria enfrentado várias situações de violência na escola. Além disso, o garoto sofre com o sumiço constante de seus pertences, como materiais escolares e até mesmo suas sandálias.
O caso mais recente, porém, foi o que deixou a mãe em alerta. Na última segunda-feira, 9, após buscar o filho na escola às 17h30, e levá-lo ao trabalho e depois a uma praça, a mulher conta que percebeu os ferimentos ao chegar em casa, à noite. Ao tirar a roupa do menino, deparou-se com hematomas no ombro, com marcas que pareciam ter sido feitas por uma sandália.
“Ele ficou com muito medo, chorou e resistiu para me dizer quem tinha feito aquilo. Só depois de mais de uma hora ele confessou que foi a cuidadora”, desabafou a mãe.
O menino revelou para a mãe que apanha não só da profissional responsável por auxiliá-lo, mas também de outros alunos. Segundo relato da criança, os agressores o ameaçam se caso contasse novamente à mãe.
“Ele tem medo de que, se eu reclamar, vão brigar ainda mais com ele. Mas eu quero justiça pelo que estão fazendo com meu filho. Ele não pode sofrer calado, e eu não vou permitir que isso continue”, relatou a mãe do garoto.
A mãe da vítima já registrou um boletim de ocorrência. A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC) que informou que o referido aluno, matriculado desde 2022 na rede municipal de ensino, recebe toda assistência psicopedagógica e negou inteiramente qualquer episódio de agressão ou ato de apropriação indevida de material por parte do cuidador.
“Vale destacar que o aluno também é atendido na sala de recursos multifuncionais, que é equipada com materiais didáticos, pedagógicos e tecnologias para complementar a formação dos alunos, visando garantir a autonomia e independência”, acrescentou a nota.