Cotidiano

Lojistas abrem no feriado para tentar driblar momento de crise no Estado

Metade das lojas dos centros comerciais de Boa Vista optou por trabalhar no dia de feriado estadual

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O feriado alusivo ao aniversário de Roraima foi um dia normal de trabalho para muitos empresários de Boa Vista. Diretamente prejudicados pela crise e pelo atraso do pagamento dos servidores estaduais, mais de 50% dos lojistas do Centro e da zona Oeste abriram os estabelecimentos apostando nas vendas nesta quarta-feira, 05, por conta do início do mês e até pelo Dia das Crianças, comemorado no dia 12.

A proprietária de uma loja no Centro, Elane Pires, decidiu abrir o comércio por ser início do mês, época em que a maioria da população recebe o pagamento e o movimento é maior. Ela frisou que depende do funcionalismo público. “Se a população não recebe, eu fico sem vender”, frisou a proprietária lembrando-se do movimento há cerca de dois anos.

Segundo Elane, o movimento caiu consideravelmente. Ainda assim, garantiu que a saída é segurar o investimento na hora das compras de abastecimento. Explicou que ultimamente está investindo e comprando menos. “Se eu não vendo, eu não compro”. Apesar da mudança no cenário comercial local, ela não investe em muitas promoções. “O preço já está barato”, informou.

Conforme Elane, o comerciante que aumenta o preço de um produto, no cenário atual, está sujeito a não ter quase nenhuma venda. Ainda assim, apostou no feriado do início deste mês, já que as pessoas encontram mais facilidade para se dirigir ao Centro para tentar fazer as compras.

O mesmo motivo foi relatado pelo gerente Maciel Lima. No entanto, o comerciante também apostou na preparação para o Dia das Crianças. Segundo ele, com o atraso no pagamento do Estado, o jeito é apostar num preço mais baixo e em conta para o bolso do consumidor. Além disso, utiliza as promoções que vão de 15% a 50% de desconto em alguns produtos.

A loja do comerciante foi uma das poucas verificadas pela Folha que está investindo no Dia das Crianças, com brinquedos em promoção em frente ao estabelecimento. Apesar de não ser uma data tão lucrativa, o gerente aposta na qualidade e diversidade de produtos e brinquedos. Conforme ele, os pais costumam procurar brinquedos eletrônicos, mas os que mais saem são os populares, como bonecas e carrinhos.

“A gente tenta facilitar a compra e o pagamento do comprador”, ressaltou. Na loja, o consumidor tem a opção de realizar o pagamento no cartão de crédito, podendo parcelar em até 6 vezes sem juros. O gerente disse que a greve dos bancários tem afetado o movimento comercial. “As vendas caíram, então a gente se reinventa com promoções e diversidades”, pontuou.

DIA DAS CRIANÇAS – Quase nenhuma loja está criando atrativos em vitrines e divulgando promoções para a data. A vendedora Marta Sales relatou que a data não é tão disputada, em comparação com o Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados. “A gente percebe que os pais não têm a mesma atitude do que no Natal, por exemplo”, frisou.

O autônomo Demilton Silva, pai do pequenos Lucas, disse que já negociou o presente do filho para este ano. “O atraso do salário afetou bastante, então eu já conversei com ele que, este ano, o presente virá no Natal. Por ele tudo bem, porque a gente conversa bastante, então eu não preciso me preocupar”, ressaltou. (A.G.G)

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