Com os dias mais quentes, muitas pessoas estão aproveitando os finais de semana para se refrescar e ter um dia de lazer com amigos e a família, nos balneários de Boa Vista.

No entanto, nesse período é comum ocorrerem afogamentos, porque com o surgimento de prainhas se formam bancos de areia, com grandes buracos que são praticamente invisíveis.

Segundo o capitão do Corpo de Bombeiro Militar de Roraima (CBMRR), Assis Santos, os três últimos meses do ano é o período em que mais se tem registros de afogamentos. “Em anos anteriores não havia tanto lixo nas praias e rios como agora em 2020”, afirmou. Ele concedeu entrevista à Folha FM, nessa segunda-feira (02).

“Tentamos reduzir esses afogamentos e até mesmo eliminar esses índices, por meio de orientações dos profissionais do Corpo de Bombeiros e do trabalho dos guardas vidas nessas prainhas”, completou o capitão Assis Santos.

Capitão Assis Santos disse que nos três últimos meses do ano é o período em que mais se tem registros de afogamentos (Foto: Reprodução)

Segundo ele, existem vários riscos que contribuem para afogamentos, entre eles o lixo deixado pelos banhistas, tanto na areia quando dentro do rio.

“Todo esse lixo pode causar lesões nos banhistas, e esses ferimentos podem fazer com ele se afogue, ou o sangramento pode atrair piranhas que podem atacar e aí teremos outro problema”, alertou o capitão.

“O trabalho dos guarda vidas é evitar esses incidentes, mas precisamos que a população se junte nessa causa, e nos ajude fazendo sua parte. As pessoas recolhendo pelo menos o seu lixo já é uma contribuição para combater acidentes e possíveis afogamentos”, ressaltou.

Capitão Assis Santos comentou que os guardas vidas chegam nesses locais antes dos banhistas, e verificam se tem algum objeto ou lixo que pode causar alguma lesão nas pessoas. Mas devido à grande quantidade de entulho encontrada este ano, esse trabalho está sendo mais difícil.

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