Cotidiano

Licitação de lotes no Distrito Industrial segue sem previsão

Licitação de lotes no Distrito Industrial segue sem previsão Licitação de lotes no Distrito Industrial segue sem previsão Licitação de lotes no Distrito Industrial segue sem previsão Licitação de lotes no Distrito Industrial segue sem previsão

A licitação para concessões de lotes no Distrito Industrial Aquilino Mota Duarte, localizado no trecho sul da BR-174, para empresas que necessitem de espaços adequados para o desenvolvimento das atividades manufatureiras, segue sem previsão para iniciar. São 785 hectares setorizados em terrenos que variam de 1.100 a 10 mil metros quadrados, com valores de R$ 40 mil a R$ 170 mil, cada lote.

Segundo o secretário-executivo do Conselho Diretor do Fundo de Desenvolvimento Industrial de Roraima (CDI), André Cerri, o processo passou por questionamentos na Procuradoria-Geral do Estado (PGE). “O edital foi construído e no final do ano passado estava pronto para ser lançado, mas houve uma mudança na procuradoria com relação ao procurador imobiliário, que levantou o questionamento com relação à legislação 312 que nos permite alienar imóveis acima dos limites permitidos pela constituição”, disse.

A Lei, aprovada em 2001 na Assembleia Legislativa de Roraima, autorizava o governo estadual a conceder lotes e glebas para fins industriais, agroindustriais e prestação de serviços acima do permitido, que são 3 mil metros quadrados em perímetro urbano e 2,5 mil em perímetro rural. “Nessa época o distrito se encontrava em área rural, mas hoje pertence ao perímetro urbano. Daí a necessidade da criação da lei para autorizar o Estado a conceder áreas acima de 3 mil metros quadrados”, ressaltou.

Apesar disso, ele garantiu que o processo não está parado. “Houve uma determinação que teríamos que ajustar a concessão das áreas à legislação 8.666, que prevê as licitações. Para isso tivemos que fazer adequação legal e reformulamos o decreto para atender toda a legislação”, explicou.

Ele informou que poucos estados no Brasil realizam procedimento de licitação de terras públicas. “Não é algo fácil, porque a maioria dos Estados não trabalha com isso. Descobrimos que, quem está mais adiantado é Brasília. Pegamos a experiência deles e, com isso, construímos a nossa legislação”, comentou.

Um dos empecilhos para a concessão de terras, conforme ele, foi a transferência da área, que pertencia à União, para o Estado. “Fizemos trabalho de repasse de terras que ainda não havia sido finalizado. Isso foi feito porque precisávamos desse termo. Também foi feito a avaliação dos lotes do distrito, porque a Lei não permite que se coloque qualquer valor aos lotes licitados, tem que ser valores de mercado”, frisou. Inicialmente devem ser licitados 10 lotes de terra, o que deve gerar uma arrecadação mínima de R$ 1,5 milhão ao governo.

SETOR INDUSTRIAL – Segundo um levantamento de 2015 da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan), 163 empresas receberam lotes para ativação no Distrito Industrial antes desse período. Dessas, apenas 76 foram implantadas e estão funcionando; 36 foram desativadas; 16 estão em fase de implantação e outras 35 sequer iniciaram as atividades no local.

O Estado conta atualmente com 509 empresas industriais, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Conforme o último levantamento realizado pela CNI, o setor da construção civil representa 73,2% da indústria em Roraima, seguido pelos setores de serviços industriais, com 13,5%; alimentos, com 3,6%; e madeira, com 3,0%. Em 2015, o setor gerou 8.071 empregos formais no Estado. (L.G.C)

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