Cotidiano

Justiça eleitoral lacra posto que recebia “vale combustível” de candidatos

O posto de combustível aceitava pagamento de candidatos para distribuir gasolina

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A pedido do Ministério Público Estadual (MPE/RR), a Justiça Eleitoral lacrou na noite desta quarta-feira, 21, o posto de combustível do município de Caracarai, sul de Roraima.

O fechamento do posto ocorreu após o MP receber e averiguar uma denúncia feita por eleitores, via aplicativo Pardal, de que carros estariam abastecendo com “vale combustíveis” fornecidos por candidatos nas eleições 2016. Ele só poderá voltar a funcionar após o período de eleição.

O pedido veio instruído com declarações do proprietário do estabelecimento e de pessoas beneficiadas com os vales-combustíveis, cópias de “vales-combustíveis”, bem como a gravação audiovisual.

É comum em Roraima a prática de candidatos distribuírem combustível como forma de comprar o voto, “pagamento” para que o eleitor adesive seu carro, rode pela cidade com a bandeira do candidato e também para fazer o transporte de eleitores no dia da votação.

O Ministério Público não informou os nomes dos políticos que forneceram as requisições mas pelo menos três candidatos a prefeito e um deputado estadual estão sendo investigados no crime. Cabe recurso à decisão.

O promotor de justiça da 2ª zona eleitoral, Kléber Valadares Coelho Júnior explicou que recebeu e averiguou a denuncia de distribuição de gasolina pra eleitores.

“Conversamos com o proprietário do posto que admitiu que três candidatos pagaram quantias para distribuir gasolina. De um candidato a prefeito recebeu R$ 20 mil, de outro R$ 7 mi e do terceiro recebeu R$ 1400 reais” disse.

O promotor acrescentou que o proprietário do posto confirmou que eleitores estavam recebendo requisições por parte dos políticos em troca de gasolina.

“Inclusive alguns pescadores com carotes pegaram gasolina. Portanto o MP concluiu que não eram equipes de campanha, mas sim eleitor recebendo combustível em troca de voto. Um deputado estadual pagou R$ 5 mil do próprio bolso e tudo isso sem registro nem notas, o que é completamente irregular” declarou.

Valadares entrou com pedido cautelar de suspensão da atividade do posto ate o dia seguinte a eleição o que foi deferido pelo juiz eleitoral Evaldo Leite.

“Vamos intensificar os trabalhos e dado prioridade para o eleitoral e orientando o pessoal para não vender o voto e divulgando no sistema Pardal para fazerem mais denúncias” concluiu.

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