
A juÃza federal Luzia Farias da Silva Mendonça, da Justiça Federal em Roraima, concedeu liberdade provisória para os envolvidos na Operação HesperÃdes deflagrada pela PolÃcia Federal no dia 06 de dezembro. Os acusados tiveram que assinar termo de compromisso, condicionado ao pagamento de fiança e comprovação de residência, e foram libertados do Centro de Progressão Penal.
SaÃram Cleber Felisberto de Aguiar, Roberto Antonio Espejo Camacho, N.J.M.D. e Marcelo Camacho Pinto, após pagamento de fiança no valor de R$ 100 mil; Hernandes Jesus Santos Silva, fiança de R$ 80 mil; Ruy da Silva Mariz, fiança de R$ 70 mil reais; Altieres Rodrigues de Souza Junior e Mário Sérgio Gonzaga Medeiros, pagando fiança de R$ 50 mil; Paulo Cezar Pereira Camilo e Regina Edna Ramos Geraldo, pagando ambos fiança de R$ 40 mil; Pedro Jesus Escalona Escobar, fiança de R$ 20 mil reais.
O TRF-1 já havia concedido ordem de soltura em favor de Waldemar de Melo Junior, Jackson Wanderley da Silva e Yonara Carla de Pinho Melo, alegando que as prisões preventivas efetivas tiveram a finalidade de estancar a participação dos pacientes na organização investigada, por entender ser desnecessário a manutenção da segregação cautelar.
O Tribunal entende que, após os dez dias desde o cumprimento dos mandados de prisão, não houve a formação de opinião a respeito de delito individualizada em relação aos investigados, tendo em vista que o inquérito não foi concluÃdo pelas autoridades policiais.
Por outro lado, a Justiça determinou como imprescindÃvel manter a prisão preventiva de Marco Antonio Flores Moreno e Joel Antonio Munoz Mejias para assegurar a aplicação da lei penal, tendo em vista a notÃcia de que esses investigados evadiram-se do paÃs.
A OPERAÇÃO – Mais de 150 policiais federais, 85 mandados judiciais contra investigados na Operação Hespérides, deflagrada pela PolÃcia Federal (PF) para combater uma organização criminosa que seria responsável pelo comércio ilegal de pelo menos 1,2 tonelada de ouro. De acordo com a PF, o montante representa mais de R$ 230 milhões, em cotação atual.
Os mandados foram executados em endereços ligados ao grupo nos estados do Amazonas, Rio Grande do Norte, de Rondônia, Roraima e São Paulo. As ordens judiciais foram expedidas pela 4ª Vara Federal de Roraima. A Justiça determinou também o bloqueio de até R$ 102 milhões dos investigados. Foram 17 mandados de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 48 buscas e apreensões e 15 sequestros e bloqueios de bens.